Capítulo 7

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Quando os adolescentes saíram do escritório de Irontooth, um duende veio lhes buscar e os levou de volta ao saguão de entrada do banco. Os cinco logo saíram de Gringotes e Leonard pediu que Tom visse qual a primeira coisa que precisavam comprar.

- Ahn... - Tom tirou a carta com a lista do que precisaria comprar de um dos bolsos do seu casaco e começou a ler - primeiro o uniforme; vestes de trabalho comum, chapéu, luvas e capa de inverno.

- Acho que devemos comprar um guarda roupa inteiro, assim, Tom pode ter tanto suas roupas trouxas como as roupas de bruxo. - Charlotte falou.

- Acredito ser uma boa ideia - Isaac concordou.

- Muito bem, vamos começar comprando as roupas de Tom. Mas, onde ficam as lojas de roupas...? - Leonard perguntou olhando de um lado para o outro sem saber para onde ir naquela multidão de pessoas e lojas.

- Vamos andar por aí, alguma hora devemos achar uma loja de roupas - Sebastian ofereceu a ideia, animado para explorar aquele lugar mágico.

- Acho que é a única coisa que podemos fazer agora.

Os irmãos Niwrad, então, começaram a vagar pelo beco diagonal sem saber para onde ir, eles observaram as fachadas das lojas e ficaram encantados com toda a magia que viam naquele lugar. Após andarem por 10 minutos, eles finalmente encontraram uma loja chamada Madame Malkin - Roupas para Todas as Ocasiões.

Eles entraram na loja e logo uma bruxa baixa, magra e sorridente, toda vestida de lilás veio atendê-los dizendo alegremente

- Bom dia, queridos! Eu sou a Madame Malkin, sejam bem-vindos a minha loja! - ela os levou até uma parte da loja que havia alguns banquinhos com crianças em pé em cima, tendo suas roupas medidas, e perto da parede havia um sofá onde Leonard, Sebastian e Isaac se sentaram enquanto Charlotte empurrava Tom para seguir a dona da loja. - Vai para Hogwarts, querido? - ela perguntou enquanto o indicava para subir em um dos banquinhos.

- Sim... - Tom falou enquanto tinha uma veste preta sendo colocada sobre sua cabeça - É meu primeiro ano.

- Ah, maravilhoso! Eu sinto falta do meu tempo de estudante, não faz muito tempo, mas ainda assim. Eu estudei em Beauxbatons sabe, nunca fui para Hogwarts, mas ouvi que é a melhor escola da Europa... acho meio exagerado, mas enfim... - Malkin tagarelava como louca.

- Madame, além das vestes de Hogwarts, nós gostaríamos de comprar todo um guarda roupa novo para o meu irmãozinho. - Charlotte falou enquanto já olhava alguns dos tecidos da loja.

- Esplêndido! Quer me ajudar a escolher as roupas, querida?

- Eu adoraria! - Charlotte respondeu animada seguindo a madame Malkin e vendo os tecidos e as cores que mais combinavam com Tom.

Os irmãos Niwrad ficaram cerca de 1 hora na loja de roupas até que finalmente saíram carregando apenas uma sacola, haviam encantamentos de expansão e encantamentos para deixar leve como penas nela, assim não precisariam carregar 50 sacolas de uma vez - um brinde da madame Malkin. Depois das roupas eles foram atrás dos livros, foi bem mais rápido achar a loja dessa vez - Floreios e Borrões. Em compensação, eles gastaram mais dinheiro com os livros do que com as roupas.

Depois eles foram atrás das outras coisas como caldeirões, penas, pergaminhos e etc. Antes de irem para o item que deixaram por último na lista, - a varinha - eles se encontraram com seus pais na frente de uma das lojas e então, a família completa foi para seu último destino no beco diagonal, Olivaras. Os Niwrads entraram na loja e escutaram um sininho tocar no fundo do local. A família observou o lugar com olhos de águia, era vazio exceto pelas milhares de caixas empilhadas até o teto e uma cadeira alta e estreita em que Margareth se sentou para esperar.

- Boa tarde - disse uma voz suave.

De repente havia um velho parado diante deles, os olhos grandes e assustadoramente claros brilhando como duas luas. Nenhum deles expressou grande surpresa pela aparição do homem, mas todos estavam se perguntando quando o velho havia chegado.

- Ah, um descendente dos Gaunts, eu vejo. - Olivaras falou se aproximando de Tom. Michael colocou a mão no ombro de seu filho e o puxou para longe do velho esquisito - Sinto muito, sinto muito. Muito bem, meu jovem, qual é o seu nome?

- Tom, Tom Niwrad.

- Bom, agora, Sr. Niwrad, vamos ver. - falou tirando uma longa fita métrica com números prateados do bolso. - Qual é o braço da varinha?

- Eu sou destro - respondeu Tom.

- Estique o braço, por favor. - Ele mediu Tom do ombro ao dedo, depois do pulso ao cotovelo, do ombro ao chão, do joelho à axila e ao redor da cabeça.

Enquanto media, explicou sobre os núcleos usados no interior de suas varinhas, também explicou que todas as varinhas são diferentes e que são elas quem escolhem seu bruxo, então a varinha de outra pessoa nunca funcionaria tão bem para você, quanto a sua própria. O Sr. Olivaras andava rapidamente em volta das prateleiras, descendo caixas.

- Certo, então, Sr. Niwrad. Experimente esta. freixo e pelo de unicórnio. Vinte centímetros. Baixa flexibilidade. Pegue e experimente.

Tom experimentou - mas mal erguera a varinha quando o Sr. Olivaras a tirou de sua mão.

- Não, não. Tome, madeira de azevinho e corda de coração de dragão, vinte e três centímetros, bastante flexível. Vamos, experimente.

Tom experimentou. E experimentou. Não fazia ideia do que é que o Sr. Olivaras estava esperando. A pilha de varinhas experimentadas estava cada vez maior em cima da bancada, mas, quanto mais varinhas o Sr. Olivaras tirava das prateleiras, mais feliz parecia ficar, enquanto Michael ficava mais e mais impaciente.

- Um freguês difícil eu vejo, há tempos não tenho um desses. Bom, mas e que tal... talvez... - Olivaras foi até o fundo de sua loja e voltou segurando a caixa de uma varinha - Aqui, tente esta, trinta e quatro centímetros de comprimento, madeira de teixo, núcleo de pena de fênix.

Tom pegou a varinha oferecida e logo sentiu um calor subir por seu braço até o seu peito, a sensação era parecida com a primeira vez que havia se conectado com sua magia, e naquele momento, Tom soube que encontrou a varinha certa. Ele fechou os olhos e se concentrou na sensação que estava sentindo, levantou o braço e desejou que todas as varinhas em cima da mesa voltassem para seus lugares. Logo haviam varinhas voando de um lado para o outro da loja e voltando para suas caixas.

Tom abriu os olhos e sorriu ao ver que tinha conseguido, ele olhou para seus pais e achou os dois sorrindo orgulhosamente para ele. Seus irmãos o olhavam maravilhados e o Sr. Olivaras o observava como um espécime novo e interessante em um laboratório.

- Incrível, Sr. Niwrad. Realmente, esplêndido. Espero grandes coisas do senhor, depois de ver esse seu truque eu entendo porque essa varinha o escolheu. É uma varinha muito poderosa Sr. Niwrad, muito mesmo. Você deve saber, Sr. Niwrad, que a fênix cuja pena está na sua varinha produziu mais uma pena, ou seja, sua varinha tem uma irmã, algo que é muito raro de se encontrar.

Michael agradeceu pela varinha e pagou 4 galeões por ela.


Logo, a família saiu da loja e andaram pelo beco diagonal até que Leonard parou em frente a uma loja chamado Empório de Corujas, Michael seguiu seu filho confuso e pediu para o resto da família esperar do lado de fora. Os dois voltaram 10 minutos depois carregando mais algumas sacolas e uma gaiola com uma grande coruja de penas pretas e que parecia um híbrido de coruja e águia.

- Eu sei que já estávamos indo embora, mas quando passamos por essa loja, eu escutei todas essas vozes e quando entrei, descobri que era uma loja de corujas, enfim. Falei com elas e descobri que os bruxos as usam como forma de comunicação, escrevendo cartas e as fazendo entregar. Então eu achei esse carinha aqui, o dono da loja disse que ninguém queria compra-lo porque ele atacava todos que chegavam perto, mas ele estava tão triste ali que eu-

- LEONARD! - Charlotte gritou trazendo a atenção de seu irmão mais velho - Você está tagarelando.

- Ah, sim. Um presente para você, Tom. Ele disse que não tem nome então você pode nomeá-lo - Leonard falou entregando a gaiola da coruja-águia para seu irmão.

- Uma coruja e um águia... Sabedoria, nobreza e guerra... Seu nome será Odin. - Tom falou abrindo a gaiola, Odin voou por cima da família, pousou no ombro de Leonard e mordiscou seu ouvido afetuosamente antes de voar até o ombro de Tom.

- Bom, agora nós temos tudo, eu acredito. É hora de ir para casa, já passou da hora do almoço e eu estou faminta - Margareth falou segurando o braço de seu marido.

A família saiu do beco diagonal pelo Caldeirão Furado, onde se despediram do dono e logo voltaram para a Londres trouxa. Michael foi para um hotel próximo e encontrou seus dois motoristas, então, a família entrou nos carros e foram para sua casa.

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1496 palavras. Esse capítulo foi o menor até agora.

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Tom Marvolo... Niwrad?Onde histórias criam vida. Descubra agora