Minha Chefe Possessiva

3. O destino é uma piada.

! Alerta espancamento !

• Pov Charlotte •

— Segunda-feira, 06 de setembro de 2022, Miami, Estados Unidos 12:30 —

Acabei de chegar em casa, a pior parte é sempre chegar em casa... Odiava minha madrasta e por motivos óbvios.

- Chegou vadiazinha?! - Ela pegou em meus cabelos me arrastando até o quarto.

- Por favor, para... Tá doendo... - digo chorando pela força que ela me jogou contra a parede, fazendo minha cabeça bater e meu corpo cair, tento proteger meu corpo mais era inútil.

- Pare de tomar o meu tempo com a otária da sua mãe! Como deixou ela ver seus machucados!? - ela pergunta me dando tapas na cara violentos, minha mãe não viu eles por conta da base que eu usava.

- e-ela veio de surpresa... P-para por favor! M-me desculpa! - Implorava para a mesma parar enquanto ela batia sem dó em meu rosto que já estava vermelho.

- Desculpar você!? Eu tenho nojo de você, sua putinha! N-O-J-O! Só te aturo por conta do dinheiro da sua mãe! - ela me levanta com força, me dando socos em minha barriga, e eu só sabia chorar de tamanha dor.

- E se você ousar em nos atrapalhar essa noite, eu te mato! - disse ela cuspindo saliva em mim.

Ela puxava meus cabelos, gritava comigo, batia em meu rosto até sangrar, socava minha barriga até eu cuspir sangue, chutava meus joelhos deixando roxos.

Eu não aguentava mais... Eu não aguentava mais sofrer... Desde que ela mudou pra aqui, ela vem me batendo e roubando o dinheiro da minha mãe, ao qual é tão trouxa e nem percebe que ela faz isso!

E o pior é que ela nem é tão bonita assim, ela termina de me espancar e me deixa caída no chão com vários hematomas e feridas sagrando.

Começo a chorar, não sabia o que doía mais... Os hematomas ou a pressão psicológica que me faz querer fugir de casa.

Vou até o banheiro e acabo vomitando sangue de tanta porrada que levei, quase sem forças, vou até meu closet e pego uma calça e um moletom.

Pego uma toalha, e umas coisas pra fazer curativos que tinha comprado escondido quando tudo começou...

Com muita dor, tomo meu banho e sinto todo meu corpo doer e arder ao mesmo tempo.

Saio do banheiro, me olho no espelho cheios de hematomas roxos e alguns já azuis que estavam se cicatrizando aos poucos, passo uma pomada neles e alguns eu coloco band-aid.

Coloco minha roupa com muita dor, mas consegui.

Passo uma passa em meu rosto que também estava marcado dos machucados que a mulher fazia, e ajeito meu cabelo descabelado também de tanto que a mulher puxar e arrancou eles.

Vou até meu closet, eu vou fugir, e é hoje mesmo! Não sei se aguento mais um dia, uma noite nesse inferno que se tornou meu lar, se é que pode ser chamar um lar...

Pego minha mochila, coloco os básicos, como roupas limpas, higienes bocais, fones de ouvido, celular, carregador, alguns petiscos, garrafinha de água do lado de fora da bolsa.

E dinheiro que eu tinha economizado bastante.

Vou até a porta, trancada! Droga...

Vou ter pular a janela, é o segundo andar...
Por Deus, eu consiguia pular sem me machucar ainda mais. Afinal, estava acostumada a ficar trancada dentro da minha própria casa

Consegui sair que se os empregados, vizinhos ou condomínio percebam.

E saio sem rumo naquela enorme cidade.