07. Masturbation

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– Não se preocupe, é típico dela. – Harry disse ajudando Louis a tirar sobretudo quando entraram em sue grande apartamento. – Por favor. – Entregou uma taça de champagne ao menor e fez um gesto para que o acompanhasse, sentaram-se no sofá com vista para a cidade de New York. – Acho que será bom falar do papel. Dar uma base.

– Sim, será. – Respondeu Tomlinson com um de seus sorrisos tímidos mais bonitos.

– Não quero barreiras entre nós.

– Nem eu.

– Ótimo. – Styles viu o rosto de Louis se iluminar, e com um sorriso de covinhas que deixaria até Apolo com inveja perguntou, como quem não quer nada, com aquele ar displicente. – Tem namorado?

– Não – o garoto sacudiu a cabeça um pouco constrangido.

– Mas já teve muitos?

– Alguns, mas nada sério. – Tentava ao máximo evitar olhar nas esmeraldas verdes que lhe fitavam o rosto.

– Você não é virgem, é? – Uma sobrancelha arqueada junto a rouquidão curiosa de sua voz fez Louis tremer.

– Não. – Respondeu fitando o próprio colo, ele sabia que estava corado, e se condenava por isso, mas aquelas perguntas? Não entendia o porquê de serem feitas.

– Então, não há razão para constrangimento. – Bebeu do champagne e viu o outro fazer o mesmo. – E você gosta de transar?

Viu os olhos do menor se arregalarem e sorriu divertido.

– Perdão? – O garoto ainda tinha esperança de que tivesse entendido errado.

– Ah, qual é. Sexo. Você gosta? – O constrangimento em Louis era gritante, então prosseguiu. – Temos de ser capazes de falar disso. – Louis concordou sem olha-lo nos olhos, apenas sacudiu a cabeça. – Tenho uma lição de casa para você. – Trocaram um curto olhar. – Vá para casa e se masturbe. Curta um pouco. – Ficou em silêncio observando o nervosismo de Tomlinson por conta de suas palavras.

O garoto se mexeu desconfortável no sofá terminando sua taça, e seguiu Harry levantar do sofá com os olhos azuis curiosos.

– Está tarde. Tem muito trabalho amanhã. O porteiro vai chamar um táxi pra você.

Desceu no elevador sozinho, pensando nas palavras de Styles. Pensando nele, então se lembrou de toda a malicia carregada em sua voz. Era impressionante o quão atrativo ele podia ser mesmo quando não queria.

Chegou ao térreo, entrou no táxi e só veio se dar conta que estava quando parou de frente ao espelho e começou a desabotoar a camisa.

– Parece ter sido uma noite maravilhosa. – Citou sua mãe enquanto apanhava algumas roupas pelo quarto. – Gostaria de ter ido.

– Sabe que eu pedi.

– Eu sei. Susie me contou. Mas Styles não queria dividir você.

– Não foi por isso. – Respondeu rápido sentindo as mão de sua mãe em seu cabelo e os olhos presos no reflexo no espelho.

– Eu não o culpo.

– Pode deixar. – Disse um pouco autoritário demais quando sua mãe tentou tirar sua camisa. Mas Jay o ignorou e continuou a tirar.

– Ele deve ter ficado ao seu lado a noite toda. Exibindo você. – Quando puxou a camisa ela viu a marca vermelha com uma aparência pior do que da última vez. – Louis! – Repreendeu.

– É só uma alergia.  Disse escapando das mãos da mãe e andando até o outro lado do quarto.

– Como assim alergia? – Puxou-o pelo braço com mais força.

– Estava pior. Agora melhorou.

– Andou se arranhando de novo, não foi? – Jay o forçou a ficar parado e lhe tirou toda a roupa, o deixando apenas de boxer, em pé, no meio do quarto.

– Não estou não. Mãe!

– Achei que tivesse perdido esse péssimo hábito. – Saiu do quarto às pressas. – Cristo. Achei que tinha parado Louis. Você vai continuar usando casacos.

– Eu tenho usado.

– Você tem o branco e o vermelho, eles vão esconder isso. – Puxou Louis pelo corredor levando-o até o banheiro. O sentou no vaso sanitário e começou a cortar suas unhas. – Vou achar aquela maquiagem cara. Ainda temos um pouco por aí. Ninguém vai perceber.

– Mãe, por favor.

– É o papel, não é? – Questionou percebendo que Louis estava com o rosto virado na direção oposta as mãos. – É essa pressão toda. Eu sabia que seria demais. – Sem querer, e junto com isso o nervosismo, Jay machucou o dedo de Louis que soltou um muxoxo de dor. Percebendo isso, a mãe lhe deu um beijo no lugar do machucado. – Você está bem? Tudo certo? Vai ficar tudo bem.

Abriu os olhos devagar, a iluminação do dia invadindo o ambiente, seus cabelos se distribuíam em filetes sobre o travesseiro. Sentiu-se cansado. Lembrou da noite anterior, de tudo que fora dito, não por sua mãe, mas por todos: os elogios, as críticas, os conselhos.

O Conselho.

Lembrou-se do que Styles havia lhe dito, sua lição de casa.

Desceu a mão por debaixo da coberta e deslizando para dentro da boxer segurou em seu membro. Teve um vislumbre do rosto de Harry, ouviu a voz rouca sussurrar em seu ouvido o quanto era atraente e sentiu seu membro começar a ganhar vida em sua mão. Recordou o beijo, a forma como Harry passou as mãos por suas curvas, a pegada forte em sua cintura e os pensamentos sujos que sempre o invadiam quando ficava mais de um minuto encarando os olhos verdes do chefe.

Logo estava se masturbando sua mão deslizando por sua extensão e lhe roubando pequenos gemidos de prazer, mas ainda não estava em seu máximo, ele queria mais, os pensamentos de Tomlinson em Styles não paravam e eram cada vez mais ousados.

Com sua outra mão, ele desceu até sentir seu anel se contrair contra o próprio toque. Sem demoras, ou cerimonias introduziu dois dedos e deixou fugir um gemido mais forte dessa vez.

Virou-se na cama deixando o cobertor de lado, a aura de desejo se instalou ali. Imaginava Harry consigo, o beijando no pescoço, o segurando com as mãos grandes pela cintura, até mesmo, vislumbrou o membro do maior se empurrando contra sua entrada e o invadindo quente.

Em um momento de distração de sua obra, abriu os olhos e ao olhar para um canto do quarto se espantou ao ver sua mãe sentada na poltrona. Dormindo.

Recompôs-se rapidamente e puxou o lençol para cobri-lo, virando o rosto na direção contraria. 

Swan Song (AU! Larry Stylinson)Onde histórias criam vida. Descubra agora