Louis Tomlinson observava enquanto seus companheiros de companhia dançavam a sua frente. Ao som do piano e dos comandos da professora. Seus olhos encontraram os de Emilia, mas a mesma desviou a atenção ao perceber.
Quando sua vez chegou, ele abriu os braços e num movimento rápido estava deslizando magicamente pelo salão, saltou e dançou com os braços, dois outros dançarinos o acompanhavam, Zayn era um deles. Seu príncipe.
Uma garota passou chorando por ele, correu até a professora e tentando regular a respiração disse sem se preocupar com quão alto falava:
– Beth está no hospital. – Respondeu ao olhar da professora com uma voz dramática. Fungou alto. – Ela sofreu um acidente.
– Não. – A professora a abraçou horrorizada, todos pararam o que estavam fazendo e se concentraram nas palavras da garota. Os cochichos começaram, os pequenos grupos de três ou quatro pessoas conversando se multiplicavam pela sala. Louis ainda estava parado no mesmo luar olhando sem expressão a cena a sua frente.
– Não sei bem o que aconteceu – voltou a falar a garota –, mas ela está muito machucada. As pernas dela estão destruídas.
Tomlinson começou a andar na direção das duas, e mais pessoas fizeram o mesmo.
– Ela está muito mal. Estava atravessando a rua e aconteceu. – A professora enxugava suas lágrimas.
– O que aconteceu? – Louis perguntou a um Harry que olhava para as pessoas passando pela rua. Os dois estavam sentados nos bancos encostados nas fontes que tinham na praça rodeada de prédios administrativos. Haviam acabado de almoçar, na verdade Harry almoçara, Louis se limitou a uma maçã.
– Ela foi atropelada por um carro. – Respondeu virando-se e encontrando a expressão triste que se apoderara do rosto do pequeno. –Quer saber? Acho que Beth fez de propósito?
– Como você sabe? – Louis tinha os olhos vermelhos e ardendo, possivelmente deixaria escapar algumas lágrimas.
– Porque tudo que a Beth faz vem do íntimo. Um impulso selvagem. – Voltou a observar a rua. – Por isso é tão emocionante vê-la dançar. Chega a dar medo. – Os olhos verdes encontraram os de Louis outra vez. – Às vezes, ela era perfeita. Mas também muito destrutiva.
– Foi logo depois que a vimos? O acidente?
– Não, espere aí. Não tem nada haver com você. – Aproximou-se e segurou o rosto de Louis em suas mãos grandes. Afagou com a ponta dos dedos as maçãs do rosto do menor. – Não é problema seu. Não fique perturbado. Este é seu momento, Louis. Não o deixe passar. – Tomlinson apenas confirmou com um aceno tristonho de cabeça. Harry adorava aquele rosto, aquele garoto, na verdade.
O corredor do hospital estava quase vazio, algumas pessoas aqui e ali, nenhuma prestando atenção nele, virou à esquerda, o corredor era um pouco mais escuro do que os outros pelos quais passou.
Chegou a porta do quarto e parou, viu pela janela vários vasos com flores, e Beth deitada na cama, desacordada, possivelmente sedada. Hesitou por um instante, mas já havia chegado até ali, não poderia dar meia volta agora.
Um pensamento sombrio correu por sua cabeça como uma criança ao chegar ao parque: Daquela maneira Beth parecia morta, e as rosas ao seu redor só ajudavam a montar melhor esse pensamento. Aproximou-se. Deixou ali na mesa ao lado de todas aquelas grandes flores, um pequeno buquê que tinha comprado, os olhos ainda presos na mulher sobre a cama.
Seu coração parecia tão apertado, mesmo que Harry dissesse que não, mas Louis se sentia culpado pelo acontecido. E ver Beth naquela situação só a machucava mais. Andou até a cama, o rosto da mulher estava inchado e vermelho. Cortes em algumas regiões próximas a boca e as sobrancelhas.
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Swan Song (AU! Larry Stylinson)
Fanfic[Adaptação para Larry do filme Black Swan - Cisne Negro] Louis Tomlinson, um bailarino extremamente talentoso, mas perigosamente instável emocionalmente, que está às portas do estrelato. Instigado ao máximo por seu determinado diretor artístico, Har...