- Ei, calma, calma... o que aconteceu? - pergunto mas ele não responde e só me abraça apertado e chorando muito.
O abraço de volta e o aconchego em meu colo, ele chora sem parar o que me deixa consternada, pergunto se ele quer que eu vá embora e ele me agarra dando a entender que não, fico um tempo calada só fazendo carinho em seu rosto e percebo que aos poucos ele vai se acalmando, ele está com os olhos inchados, olheira salientes, pálido e com aspecto de que não dorme há horas.
Após quase uma hora, digo que preciso voltar para casa por causa do Lucas mas que não quero deixa-lo sozinho e pergunto se ele quer ir para minha casa, ele assente que sim e o ajudo a levantar, o amparo com meus pequenos braços e fomos para minha casa, ao chegar vejo o olhar de interrogação no rosto de minha mãe, o levo para meu quarto e o deito na minha cama, digo que vou ver o Lucas mas que já volto.
- Filha, o que aconteceu?
- Não sei mãe, não sei mesmo...ele não conseguiu me falar nada...
- Carla Díaz, outro dia perguntei se estava tendo algo com o Dr. e a senhora negou, agora vejo você o levando para seu quarto...
- Mãe, ele não está bem, está precisando de ajuda e eu estou fazendo isso... se o Lucas acordar me chama tá...
Volto para o meu quarto e Arthur ainda está deitado na mesma posição, me deito ao lado dele e faço carinho em sua barba, ele abre os olhos me olha, seu olhar está perdido, sofrido...digo que estou ali com ele para o que precisar. Fico fazendo carinho nele e ele me abraça, retribuo e envolvo minhas pernas nas pernas dele, após alguns minutos ele dorme, acabo dormindo também. Ouço batidas leves na porta do meu quarto e a voz da minha mãe me chamando bem baixinho, acordo ainda um pouco dolorida, pois ainda estava na mesma posição agarrada com Arthur, faço o possível para não acordá-lo e vou me desvencilhando dele aos poucos, ele se vira e continua dormindo, vou ao banheiro, faço minha higiene matinal e vou para sala.
- Bom dia mãe, eu não acredito que dormi tanto assim, porque não me chamou?
- Porque não teve nenhuma necessidade de eu te chamar filha, Lucas acordou, perguntou de você e eu disse que você estava descansando, ele comeu, assistiu desenho e depois dormiu de novo, só te chamei porque preciso ir agora, tenho trabalho hoje, não tive como adiar...
- Claro mãe, imagina, você já fez demais,,,
- E o Arthur?
- Tá dormindo ainda, não conversamos, ele dormiu.
- E vocês dois?
- O que é que tem mãe?
- Carla, assume logo que você está apaixonada por esse rapaz...
- D. Mara, tchau, obrigada por tudo e tenha um bom trabalho - falo a abraçando e dando um beijo...
- Tá bom filha, não pensa que me escapa não viu
- Mãe, eu tô sim apaixonada por ele... digo suspirando
Lucas acorda, dou um banho nele e o coloco na sala, ligo a TV e coloco um desenho, ele me pede para passear e digo que irei levar após arrumar a cozinha, nesse momento Arthur aparece na sala e é a visão mais linda que eu tenho, ele com o cabelo todo bagunçado e com as marcas do travesseiro no rosto, ele se aproxima do Lucas...
- Bom dia campeão...
- Tio Thur... - ele me agarra e me dá um jeito no rosto, retribuo
- Como é que esse garoto está se sentindo agora que está em casa hein?
- Bem, muito bem... você tá tliste é...
- Um pouquinho mas vai passar... ele puxa minha cabeça para o colo dele e me deito no sofá, ele faz carinho em minha barba
Carla
Eu não tenho como descrever o que estou sentindo agora, meu filho tem uma sensibilidade incrível, ele puxa Arthur para o colo dele e faz carinho em sua barba, vejo que escorre uma lágrima em Arthur, ele sabe que é muito peso para o Lucas e se levanta, deita no sofá e aconchega Lucas em seu colo e diz que vai assistir o desenho com ele. Lucas permanece fazendo carinho em sua barba e Arthur dorme novamente. Após tomar meu café e arrumar a cozinha, eu troco de roupa e resolvo levar o Lucas para passear um pouco, o tiro do colo do Arthur que ainda dorme e o coloco sentado no quadricículo, demos duas voltas no condomínio e em seguida fomos ver os cachorros, eles estavam agitados pois estavam sozinhos há um tempo, resolvo solta-los pra brincarem um pouco... do quadricículo Lucas joga bolinhas para eles brincarem, Arthur sai e ao ver a cena sorri. É o sorriso mais lindo que eu já vi.
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One Shots - E se?
FanfictionPequenas histórias do mundinho CarThur Todas as histórias aqui são fictícias e nada tem a ver com a realidade, contudo, escrevo com o desejo que um dia talvez quem sabe...num futuro não distante alguma coisa se torne realidade, afinal, quando é para...