E Se? Capítulo 19

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Bom, eu conheci o Danilo na emissora, ele é um pouco mais velho que eu, nos apaixonamos, começamos a namorar, tudo era tranquilo, era bom, ele era gentil, amoroso etc. Até que ele me pediu em casamento, e mesmo minha mãe me aconselhando a esperar um pouco mais, eu acabei aceitando e pouco tempo depois nos casamos, os 5 primeiros meses de casamento foram ótimos, depois ele começou a mostrar quem ele realmente era, controlador, agressivo, mulherengo, cheguei a me separar dele, mas depois ele veio com aquele papo de arrependimento que iria mudar, que nunca mais ia acontecer, que me amava muito, que tinha ciúmes e por isso perdia o controle, acabei cedendo, ficamos bem um tempo, engravidei, e pouco depois voltou tudo de novo, ele tinha uma explosão de temperamento que me assustava, a gota d'água foi quando ele me agrediu grávida. Ali acabou tudo pra mim, pedi o divórcio logo em seguida, quando ele foi convidado para ser correspondente internacional eu dei graças a Deus.

- Sinto muito que você tenha passado por tudo isso Carla, não consigo entender um cara que agride mulher, muito menos um mulher grávida...

- Passei muito aperto com ele viu... foi difícil...

- Então ele nunca viu o Lucas?

- Viu, quando o Lucas nasceu ele veio ao Brasil, não por causa do nascimento, veio a pedido da emissora, mas aproveitou e foi na minha casa, ele tinha só alguns dias de nascido, registrou o Lucas, disse que faria o possível para vê-lo, depois disso ele esteve no Brasil mais uma vez e foi a última vez que viu, nunca teve interesse, nunca nem ligou para saber do menino...

- Carla, desculpa, mas você não colocou ele na justiça? Ele nunca te ajudou com nada?

- Nunca ajudou, ele chegou a dizer que iria me ajudar financeiramente, chegou a fazer um depósito, mas eu num acesso de raiva devolvi o dinheiro e disse que não precisa dele pra nada, e não precisa mesmo, eu queria que meu filho tivesse um pai sabe, dinheiro não era o problema...

- Mas você não acha que é uma questão de obrigação dele?

- Acho sim, mas ele depositar todo mês um valor não iria mudar o fato que meu filho continuaria sem pai entende. talvez se eu fosse uma pessoa que não tivesse condições eu aceitasse, mas graças a Deus sempre ganhei bem, sempre pude dar todo conforto possível a meu filho...

- Mas isso mexe com você, você estava chorando...

- Eu não estava chorando por causa disso, eu estava chorando porque me emocionei, achei que você estava demorando e fui no quarto, vi vocês dormindo abraçados...

- Entendi...

- Sabe Arthur, eu sei que você tem um carinho enorme pelo Lucas...

- Eu adoro ele...

- Eu sei... ele também adora você, acontece que agora acho que ele não vai parar de falar sobre isso, eu tenho medo que ele se apegue a você, tenho medo que ele acabe criando uma relação afetiva com você, que ele transfira a necessidade de ter uma pai para você, olha o enredo que ele criou na cabeça dele pra você contar pra ele, depois dormiu abraçado com você...eu não quero que o meu filho sofra...

- Você acha que eu o faria sofrer?

- Não é isso, é claro que não, mas você não tem obrigação nenhuma com o Lucas, a gente se conheceu há pouco tempo, criamos uma conexão incrível, eu tô realmente apaixonada por você, estamos nos conhecendo ainda, eu suporto caso algo dê errado entre nós dois, mas eu não sei se meu filho suportaria entende? Não sei você está me entendendo?

- Acho que entendi... você tem medo que o Lucas comece a ver como pai...é isso?

- Eu vou ser bem sincera com você, eu tenho medo que ele comece a te ver como pai mas não seja correspondido...

- E seu eu corresponder? ela me olha surpresa

Eita Arthur... 
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