Capítulo Oito - Hermione Black

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Nas semanas que se seguiram à audiência no Ministério da Magia, parecia que o tempo havia passado voando para Hermione. A menina teve que pedir demissão de seu trabalho, conversar com o dono do orfanato, entre outras coisas, e finalmente faltando quatro dias para se apresentar em Hogwarts, ela conseguiu ir com Égarty ao Beco Diagonal, para ir ao Banco Gringotes e a comprar seu material escolar, uma lista que a jovem havia recebido por coruja na semana anterior, para estranhamento de todos os outros residentes e funcionários do Orfanato Wool.

- Escute com atenção, Hermione – Égarty chamou sua atenção enquanto se preparavam para sair – Primeiro, prenda o cabelo e coloque um casaco com capuz, não queremos chamar atenção e segundo não se meta com os duendes no banco, fale só quando falarem com você, o Gringotes é um, se não o lugar mais seguro do mundo bruxo. E terceiro e último iremos ao Beco Diagonal através do Caldeirão Furado é mais seguro.

Seguindo as orientações de seu tutor mágico, Hermione que estava vestida com uma roupa simples, uma calça jeans mediana – nem muito justa, nem muito larga – uma regata branca, com um moletom estilo canguru com capuz e por cima do mesmo seu tradicional casaco jeans desbotado e o tênis já desgastado.

Após ambos, Égarty e Hermione, estarem prontos e partirem para o Caldeirão Furado, demorou quase meia hora para chegarem ao seu destino inicial – Caldeirão Furado – um barzinho sujo, quase invisível entre os outros prédios na rua, Hermione desconfiava que o lugar só era visível para pessoas que como ela possuíam magia, se não sem dúvida alguma o lugar já teria sido fechado pela vigilância civil só de olharem para o lugar. Ao entrarem Hermione viu como o lugar era escuro e miserável, em outras palavras deploráveis, - se toda vez que a jovem tivesse que ir ao Beco Diagonal por aquele lugar, ela teria que falar com Égarty para encontrarem outra forma – com várias pessoas de idade conversando que ao verem a porta se abrir ficaram em silêncio vendo quem entrava. Hermione puxou seu capuz para cima, escondendo seu cabelo escuro e feições aristocráticas.

Ignorando todos os olhares curiosos, Égarty seguiu em direção a um homem já de idade atrás do balcão, um homem careca, com uma voz viscosa e sem a maioria dos dentes. Ao decorrer da conversa dos dois homens Hermione descobriu que o homem se chamava Tom e era o dono do bar. Após a rápida interação, Égarty e Hermione seguiram para uma parede mais afastada na parte dos fundos do bar, onde depois de Égarty tocar alguns tijolos, os tijolos foram sendo recolhidos para os lados e para cima formando uma passagem para uma rua repleta de pessoas andando de um lado para outro, com roupas que pareciam extravagantes, mas, ao mesmo tempo, de alguma forma aquilo parecia certo, deixando a garota feliz por finalmente estar em um lugar onde não se sentisse uma completa aberração, com toda certeza ela agarraria essa chance com unhas e dentes, afinal ela trabalhara muito para conseguir estar em meio aquelas pessoas e não deixaria que ninguém tirasse isso dela nem mesmo o homem ao qual considera como um pai.

- Primeiro vamos ao banco – Informou Égarty, enquanto caminhavam abrindo espaço entre o mar de gente a sua frente.

Conforme caminhavam Hermione via os mais diversos tipos de lojas, lojas de roupas, vassouras, livrarias, loja de esportes, boticários e drogarias, bares, uma loja repleta de corujas, o que pareciam ser uma espécie de papelaria, uma loja que parecia ser divertida e claramente onde encontraria muitas coisas que poderia vir a usar para fazer suas brincadeiras. Várias das lojas que lhe chamaram a atenção, Hermione anotou em sua cabeça para passar mais tarde e dar uma olhada.

- Chegamos - Anunciou Égarty, chamando a atenção da jovem.

Ao olhar para frente, Hermione, encontrou um grande prédio branco de vários andares, com portas de ouro e piso de mármore, algo que se estendia para dentro do prédio reparou a jovem ao adentrar o banco e se encaminharem para a área com centenas do que presumiu ser os duendes que trabalham no banco. O local é impressionante, repleto de detalhes que iam do ouro a prata e para o bronze.

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