Capítulo Trinta e Nove - Maquinação

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Após dias passaram calmamente após Hermione ter sido acolhida na corte. A ameaça a Draco não existia mais, todos a temiam e a respeitavam. Tudo dentro da sonserina estava em ordem. Hermione perto o bastante da corte para não ser vista como ameaça, mas longe o bastante para não se tornar alguém importante e ganhar mais poder.

Dessa forma os dias, se tornaram meses, com nada emocionante acontecendo a não ser que ao que parecia a Professora Dolores tinha voltado a distribuir castigos e o olhar atento de dois alunos de fora que pareciam sempre segui-la não importa para onde fosse. Da mesma forma que o professor de poções parecia estar sempre atento a Hermione, a garota supôs que como o bom sonserino que era ele já imaginava que a pessoa que mandou os alunos para enfermaria tinha sido ela.

Apesar da imensa vontade de voltar para casa, Hermione tinha recebido uma nota do Ministério através de sua representante do castelo que ela não poderia ir, devido ao processo de sua custodia que aconteceria muito em prevê. Não que fosse um problema para a garota, ela amava o castelo, cheio de segredos e portas secretas.

Seu primo assim como muitos outros alunos seu primo e praticamente toda a sonserina decidiram passar o Yule com seus familiares, deixando o castelo as moscas praticamente, entre os poucos que permaneceram estavam ela, Potter e mais alguns alunos que Hermione não conhecia.

Devido aos poucos alunos que permaneceram na escola durante o feriado, os professores decidiram que todos deveriam comer juntos, com a intenção de que os alunos ficassem mais a vontade entre si independente de suas casas. E claro, para homens como o diretor seria um oportunidade única de colher informações sobre seus alunos, aqueles de quem ele não era próximo ou não o viam como a segunda vinda de Merlin.

Para a felicidade do diretor, Hermione decidiu que não faria mal deixa-lo se aproximar, e escolheu um assento próximo a ele. Desde a primeira vez que o viu, a garota sentiu que os dois eram parecidos, ela deve uma nítida sensação que o homem usava tantas máscaras quanta ela, se não mais.

O almoço ocorrera tranquilamente, diferente do esperado o diretor apenas a observou sem falar uma palavra com ela. Assim que o almoço terminou, Hermione rapidamente se retirou indo para biblioteca onde poderia permanecer oficialmente até o final do dia, antes de desaparecer da vista de todos. Os livros da biblioteca por mais interessantes que fossem não possuíam o que ela busca... Em sua visão eles não passam de livros para quem não tem vontade de apreender, com respostas prontas.

Naquela tarde assim como Hermione tinha previsto, enquanto se entretinha lendo um livro qualquer na biblioteca Dumbledore a encontrou.

- Senhorita Black...

Hermione levantou a cabeça do livro e olhou da direção de onde a voz havia surgido, demonstrando surpresa ao ver que era o diretor em pessoa.

- Diretor – Disse ela, deixando o livro cair da mesa e afundar na poltrona, junto com seu caderno de anotações.

O diretor tirou a varinha de dentro de suas vestes e conjurou uma poltrona semelhante à de Hermione, enquanto a olhava com curiosidade.

- Eu a vi aqui e imaginei o porquê você estaria trancada em uma biblioteca empoeirada ao invés de estar se divertindo lá fora?

Hermione estudou Dumbledore com cuidado. O diretor estava claramente interessado nela e não era a primeira vez que ele tentava se aproximar comendo pelas beiradas, mas ao analisar Hermione decidiu que não faria mal deixa-lo acreditar que estava ganhando algum território com ela. Seria bom no futuro telo por perto, quando ela começasse agir de forma mais explicita.

- Entre esses livros empoeirados como o Senhor diz Diretor, encontram-se livros cheios de ideias. – Ela da de ombros e se inclina levemente – E ideias podem ser poderosas,... Você não acha? – Ela sorri de lado e volta a sentar-se com postura correta.

Hermione não podia negar que gostavam de suas conversas com o diretor, elas eram instigantes e emocionantes como um jogo de xadrez, onde qualquer movimento poderia ser o seu ultimo.

- Com certeza – Respondeu a contra gosto, sem tirar os olhos dela – Porque não se enturma com os outros alunos que ficaram se divirta um pouco, minha jovem. Nem só de livros é feita a vida. – Desconversou.

Hermione apenas deu de ombros. Ele tinha desconversado propositalmente, queria saber qual dos alunos que ficaram Hermione se arriscaria a se aproximar. O velho queria colocar um espião entre as pessoas mais próximas a ela. Ele definitivamente era esperto, mas ela tinha sido criada em jogos como aquele. Onde se deve sempre pensar no mínimo cinco passos a frente do adversário.

- Diretor... – Hermione recuou, parecendo nada mais que uma simples menina curiosa – O Senhor realmente acredita que o Lorde das Trevas está vivo? Se ele está vivo, porque o Ministério não está fazendo nada para impedi-lo seja lá o que ele pretenda fazer? Quantas pessoas vão morrer dessa vez, se ninguém fizer nada? – Hermione olhou para o diretor realmente transmitindo sinceridade, medo e curiosidade.

Dumbledore teve que conter o sorriso presunçoso que cismava em aparecer em seus lábios, aquele momento com a Herdeira Black, estava lhe agradando mais do que ele poderia imaginar ser possível. Parecia que ele tinha voltado no tempo, era como se estivesse vendo a própria Andrômeda na sua frente outra vez, com ideias fortemente arraigadas em sua mente, mas ao mesmo tempo perdida, precisando de alguém que estivesse ali para ela, de um ombro amigo. Isso o fazia se sentir estranhamente orgulhoso, pois as duvidas, que tinha colocado na cabeça daquele comensal a tantos anos, poderia lhe render bons frutos no futuro.

- Não devemos falar de coisas tão perigosas em publico Senhorita. – Ele aconselha amavelmente. – Isso não seria bom para nem um de nos. Porque não me conta como está se adaptando a sua nova vida?

Hermione concentrou sua atenção no diretor, sem deixar a mascara cair, não acreditando que muitas pessoas teriam alcançado tal feito, sendo possível ver varias emoções passarem pelos olhos do homem a sua frente.

- Apesar de o Égarty ter cuidado de mim, eu cresci em um orfanato. Um lugar onde o dinheiro era contado. A magia não passava de historia para crianças dormirem a noite. Mas eu era diferente... – Ela da de ombros – Para eles eu era a aberração, a criança que matou os pais... – Com a voz embargada e olhos lagrimejando. – Mas a culpa não foi minha... Eu era uma criança... O acidente... – Ela se abraça, demonstrando como está sendo difícil falar daquilo – Não foi culpa minha... Eu – Soluça. – Eu era só uma criança.

Dumbledore por mais que quisesse usar a garota, não pode deixar de se sentir tocado vendo suas lagrimas.

- Égarty me encontrou, ele cuidou de mim. – Começou a limpar as lagrimas com as palmas das mãos. – Quando minha carta não veio achamos que eu, não era como ele, um bruxo, mas ele nunca me deixou. Era tudo o que tinha.

Dumbledore se aproxima alguns centímetros, olhando profundamente nos olhos de Hermione.

- Você já não está mais sozinha criança. – Ele toca em sua mão e faz um leve carinho, confortando-a – Eu estou aqui agora.

Hermione sentiu um pequeno sorriso aparecer em seus lábios, enquanto acenava levemente com a cabeça.

Através de sua magia o diretor pode sentir que mais pessoas estavam se aproximavam. Quando ele se levantou a garota no que ele supôs ser um gesto espontâneo o abraçou e agradeceu por sua ajuda.

Ambos no fim terminaram a conversam felizes acreditando que tinham conseguido o que estavam buscando. Hermione se aproximar do diretor e Dumbledore descobrir se Hermione era um risco ou não.









Então o que acharam do que aconteceu entre esses dois em?

O que acham que vai acontecer no próximo capitulo?

Estou pensando em falar do antigo amor da nossa protagonista vocês querem??

Hermione BlackOnde histórias criam vida. Descubra agora