Hermione Black

Capítulo Cinquenta e Três - Jornal

Albus pela primeira vez em muitos anos se sentia velho. Onde as coisas estavam dando tão errado? O ministério se envolveu em sua escola com aquela mulher desprezível, que o obrigou a se afastar de Potter e dos seus alunos e funcionários mais próximos. Ninguém acredita que Tom voltou e só Merlin sabia o que faria.

Para sua decepção Gina que deveria estar ainda mais próxima de Harry, não estava dando certo. O garoto deveria estar ainda mais próximo dos seus e buscando por sua orientação por mais difícil que se tornasse chegar até ele, mas ao invés disso Potter só fica atrás da garota Black, como um cachorro. E o garoto não é o único.

Albus já tinha visto aquilo no passado. Alguém que dividia opiniões e que atraia as pessoas sendo exatamente o que elas precisavam. Hermione Black poderia ser tudo, exceto parecida com o pai e isso não poderia ser bom. A garota não poderia ter mais influencia sobre Harry do que ele. Isso acabaria por se tornar muito perigoso.

Considerando que ele sabia que muitos dos filhos dos Comensais da Morte pertenciam à casa das cobras, ele sabia a verdade sobre Sirius nunca ter sido um Comensal, por mais que Albus tentou fazer com que todos acreditassem no contrario. Hermione deveria ser uma párea. Filha de um traidor de sangue, o que os elitistas de sangue acreditavam.

Entretanto ele não podia prever como Égarty Della-Cruz, teria criado a garota, ou melhor, como seria alguém criada por tal homem desprezível. A garota não seguia ninguém, nem uma norma, até mesmo no julgamento ela tinha desafiado pessoas que poderiam manda-la para Azkaban, então por que ficaria de cabeça baixa, para não ser notada ou seguiria a ordem natural já estabelecida dentro da sonserina.

No inicio a garota parecia querer manter a distancia de todos, permanecendo sozinha, interagindo unicamente com o fofoqueiro da casa, um párea até entre os deles, ninguém confia em quem sabe de mais e o preço por suas informações eram outras informações. Mas então tudo mudou na noite em que alguns alunos foram levados para enfermaria feridos, no momento em que viu os alunos Albus soube que algo tinha mudado naquela casa, um rival para corte havia se apresentado. E para completar agora a garota tinha ferido Malfoy em frente a todos os alunos, o que a levou a ser expulsa. Pela primeira vez, teria que agradecer a Dolores por fazer algo que beneficiaria seus planos, a garota não é mais do que um empecilho para qualquer um que encontre, ela desapareceria da vida de todos e pararia de estragar seus planos e de influenciar seus peões. A casa das cobras não estaria mais divida em quem deveriam apoiar e pararia de desafiar o poder do atual rei, porem se o que Albus pensa estiver correto, de que a garota é a sonserina perfeita, por si só seria preocupante. Por mais que Malfoy voltasse a ter seu poder com as cobras e continuar levando todas para as trevas, lugar onde aquelas crianças filhas de comensais merecem. Uma sonserina com verdadeiro poder e influencia desapareceria sem deixar rastros caso fosse realmente forçada a sair de onde todos estariam observando-a como a escola, onde tinha que ser cuidadosa. Sem isso, sem as amarras que a prendiam quem sabe o que faria.

Não se surpreenderia se quando deixasse a escola oficialmente ninguém mais saberia dela.

Balançando a cabeça levemente, ele olhou para as janelas bem a tempo de ver uma coruja com o Profeta Diário em suas garras voando. Diferente dos alunos, ele e alguns professores recebiam o jornal antes de suas refeições para estarem preparados caso algo inesperado acontecesse, ainda mais depois do Torneio Tri-Bruxo. Ele não notara que passara tanto tempo pensando. Decidido a ler o jornal enquanto fazia sua refeição, desapareceu no momento em que viu a manchete do Profeta Diário.

Ele leu a entrevista em um instante e, quando terminou, só conseguiu olhar para o jornal, atordoado. Albus supôs que deveria ter esperado algo assim, e uma parte dele disse a si mesmo que não estava nem um pouco surpreso, mas a verdade mais pura era algo assim nem sequer havia atravessado sua mente. A garota lembrava-o não somente seu antigo aluno, mas o homem de seu passado era como jogar xadrez com alguém que seguia regras diferentes.