Birth Of Violence

A Hora Estranha

Agatha arregalou os olhos ao escutar o que a moça da cabine tinha dito.

— Feiticeira Escarlate? Mas ela ainda não está pronta. — Disse Agatha.

— Pronta. Pronta. Pronta. Pronta! Óbvio que ela está pronta, e é melhor se preparar pois a mulher está marchando para cá. Espera, vocês não tem uma tal de Capitã Marvel por aqui, ou tem? — A moça da cabine azul está rodando igual uma louca ao redor.

Tony Stark chegou ao ouvido de Stephen e então sussurrou para ele: — Strange... Essa mulher é meio maluquinha, não é não?

— Stark, se o que ela diz é verdade, precisamos levar isso a sério. — Respondeu Strange, limpando a garganta e então começando a falar com Clea.

— Bom, Clea... Você não é daqui, já percebermos isso, e como você sabe que Agatha é a única que pode parar Wanda Maximoff? — Ele estava de braços cruzados, olhando para ela.

Clea sentiu um calor, e prosseguiu.

— Eu sou de todas as partes do tempo, eu sei de muita coisa meu querido. Mas entendam uma coisa: Wanda Maximoff está corrompida pelo Darkhold, e ela nunca teve contato com esse tipo de coisa, mas quem sabe dele melhor do que todo mundo nesse lugar? — Clea rodopia e termina apontando para Agatha.

— Senhorita Agatha Harkness! — Ela exclamou.

— E como eu vou para-lá? Não conseguir parar esse bando de Zé ninguém, como vou parar uma Feiticeira? — Agatha não perdia uma única chance de ser debochada. Porém, Clea se agachou e olhou bem no fundo dos olhos de Agatha.

— Você é a última Bruxa de Salém, a mais poderosa que já existiu, viajou no tempo, coisa que me surpreendeu, parabéns! E esperou sua vida inteira por este momento. A procura da Feiticeira Escarlate, e Agatha, eu sei o que você quer. Basta apenas fazer a pergunta para ela, e então você irá salvar o mundo. — Terminou Clea.

— Mas qual é a pergunta? — Agatha se deixou ficar curiosa.

— A primeira pergunta. A pergunta mais antiga do universo, escondida à vista de todos. Gostaria de saber qual é? — Clea estava mais séria.

— Sim. Sim.

— Você tem muita, muita certeza disso?

— É claro que tenho. — Todos os outros olhavam para as duas mulheres conversando, porém não ousaram interferir na conversa.

— Então eu vou te contar. Mas saiba que está arriscando sua própria cabeça. — Clea então se inclinou e sussurrou a pergunta no ouvido de Agatha, deixando-a com uma cara de choque.

40 minutos depois.

Clea e Stephen tinham deixado Agatha sobre os cuidados dos outros Vingadores, os dois entraram no Sanctum de Nova Iorque e estavam discutindo sobre o que a mulher tinha dito para Agatha.

— Mas qual era a pergunta? Por que isso significa sua morte? — Clea se virou e colocou o dedo indicador nos lábios de Stephen, fazendo-o parar de falar.

— Suponha que houvesse um homem que conhecesse um segredo. Um segredo terrível e perigoso que nunca deve ser contado. Como você apagaria esse segredo do mundo? Destrua-o para sempre, antes que possa ser falado.

— Se fosse preciso, destruiria o homem.

— E o silêncio cairia. Todas as vezes que ouvi essas palavras, nunca percebi que era meu silêncio, minha morte. A Doutora vai cair. — Clea se sentou numa das poltronas, respirando fundo e olhando para Stephen, que estava mais confuso do que ele queria admitir, porém ele não iria falar nada.

Era por esse Stephen Strange que Clea havia se apaixonado. Esse cabeça dura que não conseguia admitir que estava confuso demais. Por mais que soubesse que esse Stephen sequer a conhecia, ela se sentia em um grande conforto por saber de seu futuro. Mas ela ignorou seus sentimentos e continuou com sua missão.

— Você ainda não me disse qual é a pergunta. — Stephen respondeu, um pouco irritado.

A voz doce de Clea conseguiu quebrar a irritação do Mago Supremo.

— Querido, você sabe qual é essa pergunta, porque já me fez ela infinitas e infinitas vezes. — Ela mostrou o dedo anelar para ele, um anel com uma jóia do tempo. Stephen entendeu o que ela quis dizer, e Clea sorriu, andando em direção ao Mago, que ficou um pouco sem jeito.

Ela suspirava ao abraçar ele.

— Como você consegue ser tão diabolicamente belo em todos os universos seu maldito? — Ela disse isso em meio algumas lágrimas.

Stephen segurou o rosto dela gentilmente, e ficou encarando seus olhos roxos por um momento, que pareceram vidas inteiras para Clea.

Então ele puxou ela para mais perto, e lhe beijou.

Todas as memórias que ela tinha com Stephen Strange em suas outras vidas estavam entrando na mente do atual, todos os flashbacks de todos os universos. E o futuro desse.

— Clea... — A voz de Stephen estava rouca, ele não sabia o que dizer. E ela se afastou dele, em lágrimas.

— Stephen, Stephen, por que você tinha que ser assim? Stephen Strange, seu estúpido. Espero que você esteja orgulhoso...

— Não posso deixar você morrer.

— Mas eu tenho que morrer! — Gritou Clea, sentando-se novamente.

— Eu.. eu vejo tudo agora. Então é você, a única que eu irei amar por toda a minha vida. A Verdadeira Maga Suprema. Clea Strange. — Stephen estava emocionado, porém a mulher estava irritada.

— Não não NÃO! Não era pra isso acontecer, não agora. Stephen... Me escute: nós precisamos focar em ajudar Agatha a derrotar Wanda, caso contrário, todo esse mundo irá morrer por conta do ódio de Maximoff.

— Mas Clea, mais cedo, você estava tão.. eu sinto sua dor agora, de quando eu disse que não te conhecia.

— Stephen! Stephen, isso é ridículo. Isso não significaria nada para ninguém. É insano. Pior que isso, é estúpido. Você me deixa envergonhada.

— Acho que comecei a entender porque eu sempre me apaixono por você. — Ele sorriu.

Ela também sorriu. O galanteador.

— O mundo prestes a acabar e você flertando comigo. — Clea começou a rir, arrumando o cabelo. — Por tudo... Eu realmente te amo, Stephen Strange. — Ela então o puxou e o beijou mais uma vez.

— Mas agora devemos realmente focar na luta em mente. Wanda está bem próxima daqui, mas eu tenho algo que ela não vai resistir, porque é um dos desejos dela, porém... — Clea hesitou.

— O que é, minha esposa? — Perguntou Stephen.

— Tony Stark terá que morrer.