Perigos No Horizonte

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— Oh não não não. Onde que eu estou? Bom, ainda estou viva, isso é um progresso, pelo menos. — A mulher rodopiava, olhando para o céu, tocando o chão, tentando entender onde foi que havia parado, e então se lembrou do que dissera há pouco. — AH SIM! Salvar vocês. — Ela foi em direção a Strange, que deu um passo para trás, com os punhos cerrados, formando um disco mágico.

— Quem é você e qual é seu interesse nesse lugar? — Perguntou ele, um pouco receoso.

— Quer mesmo confiar nela Estranho? Eu posso acabar com ela em um segundo. Não é só o Steve que pode fazer isso o dia todo, ah não. — Disse Peggy, também com os punhos cerrados.

A mulher da cabine azul examinava as pessoas, e ficou um pouco confusa, mas entendeu tudo logo.

— Você eu conheço, Asgardiano. Thor, filho de Odin e Frigga, Príncipe de Asgard e blá blá blá. A bruxinha também. Agatha Harkness! Devo dizer que você logo logo é tão velha quanto eu. Stephen Strange, cirurgião que entrou pra magia mística. O resto não vou falar porque estou com muita preguiça, obrigada. — A mulher riu e então suspirou.

— Peggy Peggy Peggy Peggy Peggy Carter. Oh que linda! Strange, você quebrou uma das regras aqui. De uma Senhora do Tempo para o portador da Jóia do Tempo.

— Senhora do Tempo? O que ela quer dizer com isso, Strange? — Perguntou Thor.

— Contanto que ela não chegue perto da minha filha, eu não tenho nada contra essa mulher. — Disse Peggy Carter.

A mulher suspirou, colocando a mão na cintura e rindo.

— Ela não é sua filha, Carter. Bom, ela é, mas não deveria ser, nem você deveria estar aqui pra ser sincera.

Laura se irritou ao ouvir isso e os olhos dela começaram a brilhar com um tom avermelhado, e sua voz ficou um pouco distorcida. — Não OUSE falar assim com a MINHA MÃE. — E a mulher misteriosa sentiu um arrepio em sua espinha.

— Tão cedo assim? Eu pensava que iria demorar um pouco mais, e ela é só uma criança.

— Meu passarinho, se acalme. — Disse Peggy, abraçando a filha.

— Se ela fizer qualquer coisa com você, eu a mato. — A voz de Laura era de raiva, e Peggy podia sentir isso.

— Deixe que eu me apresente, por favor. Já fui chamada de muitas coisas. Me chamam de Maga Suprema, a mulher mais poderosa de todos os universos, a Doutora da Guerra. Mas eu não sou uma vilã, por mais que eu cause esta impressão. — Disse a mulher, ela se curvou, em forma de respeito.

— Meu nome verdadeiro é Clea. — Ela olhou para Strange, e um sorriso involuntário tomou conta de seu rosto.

— Clea Strange.

Todos olharam para Strange imediatamente, e o mesmo estava mais confuso do que nunca, e não sabia o que pensar sobre isso, muito menos o que dizer. Ela seria o Stephen Strange em uma versão feminina? Não, não, isso não fazia sentido algum.

— Você... Sou eu? — Ele estava hesitante.

— Você está fazendo um trabalho muito bom, agindo como se não me conhecesse. — Disse Clea.

— Um bastante bom, na verdade. — Respondeu Strange.

Clea retirou um diário de sua bolsa, e começou a falar.

— Ok, vamos começar o diário, então?  Onde estamos desta vez?  Er, indo pelo seu rosto, eu diria que é cedo para você, sim?  Então, er, queda da Torre Stark? Já passamos por isso? — Ela olhou para ele, que claramente estava mais confuso ainda, assim como todos ao redor. — Obviamente não te lembrou nada. Certo. Oh, piquenique em Asgard. Já fizemos Asgard?  Obviamente não. Caramba, muito cedo, então. Uau, vida com uma viajante do tempo. Não pensou que seria tão complicado, não é? E você ainda parece tão jovem...

— Eu realmente não sou, você sabe.

— Não, mas você é. Seus olhos. Você é mais jovem do que as outras vezes que eu te vi.

— Então você já me viu antes? — Perguntou ele.

— Strange, por favor, diga-me que sabe quem eu sou. — Disse Clea, com a voz triste.

— Quem é você? — Disse Strange.

Clea suspirou, triste. Ela já sabia que isso iria acontecer, ele mesmo disse isso para ela há muito tempo, mas não no passado, e sim no futuro. Então chegou o dia em que ela olhou nos olhos daquele homem, o Seu Strange. e ele não fazia a menor idéia de quem ela era.

Mas ela já havia perdido tempo demais nessa situação. Era hora de focar em seu principal motivo para estar ali.

— Já me demorei demais. O verdadeiro motivo para eu estar aqui, é porque preciso que solte Agatha Harkness. — Disse Clea.

— Você tá maluca? — Strange olhou para ela, furioso.

— Não estou, docinho. Oh, não por isso, pelo menos. — Ela piscou para ele, maliciosamente. Deixando-o vermelho.

— Agatha Harkness é a única que pode parar o que está por vir, Vingadores. Acreditem em mim, eu sei o que estou dizendo.

— E o que pode ser pior que uma bruxa que MATOU uma mãe na frente da própria filha, Sra. Strange? — Thor perguntou.

Sra. Strange. Por todas as galáxias, ela amava ser chamada assim. 

— Uma Feiticeira Escarlate, senhor Odinson. Uma Feiticeira Escarlate.


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