Capítulo 3 "Turma Infernal"

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Saio da secretaria aliviada com uma calça helanca de tom vermelho bordô, de acordo com o uniforme.

Com o horário das minhas aulas no arquivo PDF eu saio procurando a minha turma desse horário.

Educação física.

Só pelo nome minhas pernas e ossos começaram a reclamar, eu caminho sem certeza pelo o mapa da escola até chegar no ginásio onde fica a quadra, mas está escuro, não tem ninguém aqui.

Eu franzo o cenho.

Uma mão toca o meu ombro.

— Estão na sala.

Eu solto um pequeno gritinho, me virando com rapidez eu desferi um soco no ser atrás de mim. Ouço um urro de dor, vendo o indivíduo levar a mão ao nariz.

— Meu deus! -exclamo, de olhos arregalados.

— Por Deus, garota, qual o seu problema? -o príncipe questiona com a mão no nariz.

— Me desculpe! Você me assustou! -digo, me aproximando para lhe ajudar.

— Que gancho de direita perfeito! -ele exclama, gemendo.

— Eu não tinha a intenção! -digo atordoada.

— Está tudo bem. -ele ergue uma mão para que eu me acalme.

— Mas você levou um soco!

— E você seria uma ótima lutadora de boxe, ruiva. -ele diz, erguendo-se.

— Me desculpe. -digo de novo.
Ele retirou um lenço do bolso, limpando o pouco de sangue que escorria do nariz.

— Tudo bem, você não me atacou por mal, serve para eu aprender a não assustar uma garota de novo. -ele chiou, enfiando o lenço no nariz.

— Me deixe ajudar.

— Está tudo bem.

— Fique quieto! -o imobilizo no lugar.

Ele parou e eu observei seu nariz.

— Está bem, pelo menos eu não fiz com força extrema para quebrar, mas eu deveria ter feito. -falo.

— Como é?

— E se você fosse um assassino maníaco psicopata? Deveria estar desmaiado e com um nariz quebrado. -falo.

— Você assiste muitos filmes de ação? -pergunta.

— Um pouco, e leio livros. -falo.

— Está explicado. -ele diz.

— Não está torto! Gelo vai ajudar! Posso ir com você até a enfermaria. -digo.

— Não é necessário.

— Isso é um pagamento pela a ajuda mais cedo. -digo.

Eu lhe entrego seu blazer de volta.

— Um agradecimento e pedido de desculpas. -falo.

— Está bem, se martirize, você quase me matou. -ele brinca.

— Eu teria, mais senti pena. -digo, caminhando com ele para fora.

— Estou começando a ficar com medo da senhorita. -ele diz.

Eu semicerro os olhos em sua direção.

— E deve ter, alteza. -digo.

Ele riu.

— Não foi nada muito grave. —disse a enfermeira pressionando o gelo contra o nariz do príncipe, lhe arrancando uma careta dolorida— como conseguiu isso?

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