Vossa Alteza De Sangue Azul

Capítulo 17 "O Baile"

Eu havia me arrumado deixando meus cabelos semipresos, uma cascata de ondas ruivas caindo até a minha cintura.

A maquiagem estava bonita, leve e brilhante, assim como eu por completo.

Eu desci as escadas devagar, segurando a saia do vestido a cada degrau.

— Nossa. -ecoou Aron.

— O que? Pateta.. —questiona Lucien, ele olha para as escadas— Nossa.

— O que acharam? -pergunto.

Meu pai e Alejandro se aproximaram e encaro suas bocas entreabertas escaparem um..

— Nossa.

— Então está bom? -pergunto, dando uma voltinha.

— Está linda, princesa. -disse meu pai, os olhos brilhando.

Minha mãe surgiu na sala.

— Isso sim é uma fantasia. —ela assente— está perfeita.

Eu girei devagar, as penas coloridas farfalhando.

Se eu não poderia mais ser uma sereia, então eu seria um pavão, que com suas penas atrai a atenção e encanto de qualquer pessoa.

— Quero saber como vou dirigir com este ves...

Ouço uma buzina e me alerto,  olho pela janela e vejo uma bela limosine na porta, o vidro foi baixo e eu encaro Buck.

— Mileide! Só talvez o príncipe tenha me mandado buscá-la, mas ele me disse para não contar. -fala.

— Ah, claro. -digo bufando um riso.

— O Henry mandou te buscar? -questiona minha mãe surpresa.

— Ao que parece sim. -falo.

— Quem é Henry!? -um coro de vozes masculinas.

Eu encaro com as mãos na cintura o meu pai e meus irmãos que estão de braços cruzados.

— Quem é Henry? -pergunta meu pai.

— E por que ele mandou te buscar? -Aron questiona.

— Ele é um colega da escola. -digo inocente.

— Não gostei. -disse Lucien.

— Vou puxar a ficha dele. -disse Alejandro indo até o computador.

— Vá em frente. —abro a porta— e se assuste com...

— ELE É O PRÍNCIPE DESSE PAÍS??

— OQUE!?

— Boa noite. -aceno correndo até o belo carro.

Buck se curvou, abrindo a porta.

— Está belíssima, mileide. -ele disse.

— Obrigada. -sorri.

Eu adentro o carro com cuidado, o vestido enorme inundando o carro.

Ouço o celular vibrar e encaro uma mensagem de Henry, a primeira depois de muito tempo.

"Sua carruagem já a buscou?"

Bufo um riso, digitando enquanto o carro some na rua, sendo seguido por dois seguranças.

"Sim, vossa alteza"

Eu observo as ruas, em poucos minutos chegando na escola, de onde as garotas saem dos carros com suas fantasias e entram pela bela entrada decorada da escola, um arco de galhos com flores de inverno brilhantes, um tapete vermelho.

O carro parou diante da entrada.
Buck desceu, então, logo a porta fora aberta para mim, aceitei sua mão e delicadamente saí para fora, os seguranças baixaram os óculos, me encarando.