Capítulo 8 "Lugar Secreto"🎡

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— Não está me levando para algum lugar afastado de onde você vai tirar uma motoserra e me matar, vai? -questiono.

— Você assiste muitos filmes de terror? -ele me encara.

— Não, tenho medo desse tipo de filme, mas minha mente é bem criativa. -falo.

— Percebi. -riu.

— Como?

— Uma pessoa que põem histórias degradáveis e de assassinatos na biblioteca do whattpad na aula de matemática só pode ter a mente mais maquiavélica do mundo. -ele me encara zombeteiro.

Ah, mas como esse louco viu?

Ele me leva até uma cerca alta de madeira.

— Primeiro as damas. -ele puxa uma tábua, abrindo uma passagem para o outro lado.

— Sempre muito cavalheiro. -digo.

Eu atravesso aquela passagem e olho em volta, estamos em um terreno onde o mato e o capim começa a brotar do chão e a ficar quase em meus joelhos.

— Já pensou se isso aqui tem uma cobra? -questiono, dando passos para trás.

— Estamos de tênis. -ele diz.

— Vou rir muito quando a naconda pular desse mato e engolir a sua cabeça. -falo.

— Você é inspiradora.

— Realista. -corrijo.

Eu ergo o meu olhar e percebo, não só um terreno, vejo um carrossel, um trem enferrujado, uma montanha russa aos pedaços, xícaras e... Uma roda gigante.

— Um parque de diversões abandonado? -questiono.

— Por incrível que pareça eles esqueceram essa maravilha e deixaram o tempo tomar conta. -ele suspira, encarando tudo a nossa volta.

— Por que me trouxe aqui? -questiono.

— É o meu lugar secreto. -ele diz.

— Sério? —faço careta— não poderia ser uma biblioteca?
Onde não correriamos o risco de um palhaço do mal com fetiche em balões vermelhos aparecer. -digo o seguindo.

— Você realmente tem uma mente criativa, ruiva. -ele diz.

— Eu tento. -dou de ombros.

Passo pelo carrossel, encarando os belos cavalos que são agredidos pelo tempo que foram deixados aqui.

— Esse é o meu preferido. -ele disse diante do outro brinquedo.

— A roda gigante?

— Dá para ver a cidade toda lá de cima. -ele diz.

— É uma pena não funcionar mais. -digo.

— Mas podemos subir, vem. -ele diz, começando a subir através das cestas da roda gigante.

— Henry, como príncipe você não tem muito amor a vida. -falo.

— Andiamo! Ruiva! -ele riu.

— Louco. -reviro os olhos, o seguindo.

Sinto o vento chicotear meus cabelos a cada vez mais que avanço ao alto atrás do príncipe. Eu posso morrer se eu cair daqui...

O pensamento me fez congelar.

— Ruiva?

— Henry, eu não consigo nem subir ou descer. -choramingo agarrada ao ferro.

— Não olha para baixo, estou indo até aí. -ele diz, descendo uma cesta.

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