Capítulo 15 "Provocações"

109 16 2
                                    

Quando Henry chegou em minha casa a minha mãe precisou esfregar os olhos para ter certeza de que era ele mesmo.

— Oi, senhora Amélia. -Henry sorriu.

— Oi. -diz minha mãe indiferente.

— O que houve? -ele questiona confuso.

— Depende, vai fazer a minha filha chorar por dias de novo? -ela questiona.

— Mãe, está tudo bem, vamos ensaiar no quarto, tá bom? -pergunto.

— Ok. —ela suspira— bom ensaio.

Subimos as escadas até o meu quarto.

— Você chorou? -Henry fecha a porta.

— Vamos ensaiar? -mudo de assunto.

Chuto uma caixa de lenços para debaixo da cama e cubro o cesto de lixo cheio deles com um pano.
Ele assente, me observando.

— Pego o meu celular, escolhendo uma música.

— Sei a valsa mas não a que vocês fazem na escola nos bailes. -falo.

— Não há problema, eu te ensino. -ele disse.

Eu me aproximo dele.

Sua mão segura a minha e a outra repousa em minha cintura, inspi4o fundo apoiando a outra mão em seu ombro.

Ele me encara nos olhos.

— Começamos com a valsa tradicional que você já conhece. -ele desliza comigo pelo quarto.

Eu o encaro atentamente.

— Fazemos os giros habituais. -ele me gira lentamente, me trazendo para si.

Ele ergue a minha mão e me faz o circundar, seu olhar se encontrando com o meu diversas vezes, salpicado de intensidade.

Sua mão se vira, as costas da mesma de encontro com as minhas, nos afastamos e nos aproximamos novamente, contando os passos.

Ele me gira outra vez, minhas costas se chocando contra seu corpo.

Ouço um suspiro seu e me coração erra batidas quando sua respiração toca a pele de meu pescoço.

— Você tem que parar de ser assim. -ele disse.

— Assim como? -respiro.

— Assim, impossível de não tocar, o seu cheiro.. —ele inspira em meus cabelos— de morangos e baunilha.

— Então é isso, gosta do meu cheiro.

— Eu gosto de tudo em você. -ele confessa em meu ouvido.

A ponta de seu nariz alisa a minha pele, me fazendo ofegar baixo.

— Não deveria brincar assim comigo. -eu digo baixo.

— Acredite que eu estou sentindo mais do que você nisso tudo.

— Isso não é uma competição.

— Não é, mas sinto o meu coração sangrar cada vez que vejo o seu olhar de decepção para mim. -ele susssurra.

Ele me vira para si, sua mão em minha cintura me deixando colada ao príncipe.

— Tem noção do quanto a desejo? —ele sussurra— chega a ser absurdamente insano cada pensamento que tenho ser ligado a você constantemente, ao dormir e ao acordar, você, Hannah Valentine tem sido a minha perdição e a dona de todos os meus pensamentos.
Eu ofego baixo.

— Chego a acordar no meio da madrugada após sonhar que estava em minha cama. —ele disse— chego a te procurar em todos os cantos do quarto para ter certeza, chego até mesmo a arriscar a sair da segurança do castelo para vir aqui no meio da noite e a observar dormir como se eu  fosse um maldito vampiro. Guardando o sono de sua bela donzela.

Então a janela aberta de meu quarto há algumas noites não era um descuido meu?

— Eu cheguei a cogitar a existência das belas bruxas que faziam os homens se apaixonarem, pois você me enfeitiçou desde a primeira vez que te vi. —ele prende a respiração— quando vai perceber que eu e meu coração somos a tua posse??

— Eu te entreguei o meu coração e você o rejeitou. -falo, a garganta se fechando.

— Está enganada. —ele balança a cabeça— ele continua comigo.

Eu o encaro..

— Se fiz o que fiz e ainda faço é para proteger você. -ele disse.

— Então não me proteja. -sussurro.

— Eu seria egoísta demais fazendo isso. -ele disse.

— Henry... -arfo.

Ele deixou um beijo em meu pescoço, me fazendo arrepiar e meu corpo esquentar.

— Nunca entendia a história de amor do Sol e da Lua até conhecer você. -ele disse.

— Não é impossível. -nego.

— Não é. —ele nega— mas por hora está sendo, e até deixar de ser, Hannah, devemos conter isso o que sentimos.

— Você é ridículo. -digo.

Ele sorriu cansado.

— Somos dois ridículos, minha ruiva. -concorda.

Eu encosto meu rosto em seu peito, sentindo ele apoiar seu queixo em minha cabeça.
Um beijo em meus cabelos.

— Somos dois ridículos.

Vossa Alteza De Sangue Azul Onde histórias criam vida. Descubra agora