— Ainda bem que está sem essas muletas. -Henry suspira.
— Eu que o diga, aquele gesso coçava demais. -digo.
— Hoje é a apresentação. -ele disse, andando comigo pelo corredor.
— Nem me fale, mais um dia de atuações, poderíamos ser astros de Hollywood, estamos perdendo uma grande deixa. -falo.
Ele bufou um riso.
— Ser príncipe já é trabalhoso demais. -ele disse.
— Muito trabalho? -questiono.
— O meu pai voltou de viagem, significa que estou a mercê do inferno que é ficar com ele no escritório. -ele disse.
— Então significa que vou te ver menos agora? -questiono.
— Vou tentar ao máximo não ficar afastado de você. -ele disse.
— Você vai ter treino de futebol agora, não é? -questiono.
— Sim.
— Vou assistir.
— Tudo isso para me ver? -sorriu de lado.
— Não, o Jamal me obrigou, disse que eu poderia admirar os meninos bonitos do time. -falo.
Ele fechou a cara.— Eles não são tudo isso. -cruza os braços.
— Ciúmes? Alteza. -provoco.
— Não, não tenho ciúmes. -faz careta.
— Uhum, sei. -digo.
— Mas vai ficar torcendo para mim? -ele me encara.
— Não sei...
— Ruiva..
— É claro que eu vou, palhaço, mentalmente. -digo.
— Hum, acho bom. -me encara, semicerrando os olhos.
— Não sabia desse seu lado ciumento, Alteza. —digo— achei interessante.
— O que mais acha interessante?
— Nós estarmos atrasados para a aula de teatro, de novo.
— Droga. -ele disse.
— Corre. -o puxo.
Quando chegamos a aula de teatro, vimos a penúltima dupla receber aplausos de sua encenação e agora, era a nossa vez.
— Vamos! —o professor bate duas palmas— estou ansioso para a apresentação de vocês.
Nós fomos para o meio, minhas mãos estavam pegajosas e suadas, e então, começamos.
Henry me encara e conto até três mentalmente enquanto ele recita.
— Se minha mão profana o relicário em remissão aceito a penitência! meu lábio, peregrino solitário, demonstrará, com sobra, reverência. -ele diz, me fitando intensamente.
— Ofendeis vossa mão, bom peregrino, que se mostrou devota e reverente. Nas mãos dos santos pega o paladino. Esse é o beijo mais santo e conveniente. -digo, o circundando lentamente.
Ele sorriu de lado, os olhos com esperança.
— Os santos e os devotos não têm boca? -questiona ele.
Laçando sua mão a minha, a erguendo junto comigo, observando o tamanho de ambas e seu perfeito encaixe.
— Que perfeição. -o professor disse, gravando.
Ô merda, minha mãe vai fazer memes com esse vídeo...
— Sim, peregrino, só para orações! -respondo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Vossa Alteza De Sangue Azul
RomanceHannah Valentine é uma garota de 17 anos que é tão rebelde e valente quanto os seus cabelos ruivos, após uma drástica mudança em sua vida ela se muda com a sua mãe para o país de Supernova em busca de recomeçar, mas o que ela não sabia é que ela viv...