Capítulo 13 "Passado Traiçoeiro"

122 17 5
                                    

Hannah POV

— Hannah? Não vai para a escola hoje? O médico liberou. -disse minha mãe.

— Estou sem vontade. -falo.

— Você nem fez seu ritual de beleza hoje, meu amor, o que você tem? -ela surgiu no quarto.

Ela encara o mundo de lenços em minha cama e as embalagens de chocolate, o Notebook em meu colo onde está passando o filme a culpa é das estrelas.

— Ah, pimentinha. -ela suspira.

— Me deixe aqui. -fungo em um lenço.

— O que está fazendo? Minha linda. -caminha até mim.

— Estou me deprimindo, me dê licença que estou no início do processo. -assouo o meu nariz.

Ela sentou do meu lado, observando a tela do Notebook.

Já havia lido livros e me deprimido ou me confortado com eles, livros são melhores do que pessoas, as pessoas decepcionam, os livros não.

E agora estou assistindo filmes para chorar.

— A culpa é das estrelas? Levou um fora? -me encara cautelosa.

Eu faço bico, meus lábios tremendo.

— Vem cá. -bate em seu colo.

— O que eu tenho de errado? -caio no choro.

— Nada meu amor, nada, quer que eu vá bater nele pra você? -pergunta.

— Não, algum dia eu terei de dar um bom soco nele. -falo fungando.

Ouço a campainha.

— Espere aqui, vou ver quem está na porta. -ela se ergue.

Tocou outra vez.

— Já vai! Não sei se o mundo entende mas a minha bebê está sofrendo por um garoto! -minha mãe exclama.

— Mãe! -soluço.

— Desculpe, bebê.

Pego um lenço novo, assoando o meu nariz.

— Ele vai morrer, sua trouxa. —choramingo para o filme— e o seu amor vai ficar com as estrelas! -caio no choro.

— Hannah! Visita para você! —diz minha mãe animada— mandei subir!

Ouço passos e a maçaneta da porta girou.

— Henry? -ergo a cabeça.

O ser entrou.

Não é o Henry.

— Olá, Hannah, há quanto tempo. -sorriu.

— Tomas? -questiono, fechando a cara.

O mundo só pode ter algo contra mim.

...

— O que faz aqui? -questiono.

— É assim que trata o seu namorado?

— Você não é meu namorado, terminamos há seis anos. -digo séria.

Ele suspira.

— Um erro nosso.

— Um acerto meu! —exclamo— Fora da minha casa!

— Você ainda guarda rancor? -ele questiona.

— Saia daqui agora! -ponho o computador na cama, me erguendo.

— Soube do acidente que sofreu, mais um para a coleção?

Eu agarro o seu ombro com força.

— Eu não sei o que veio fazer aqui, mas eu aconselho que fique bem longe de mim e da minha mãe, se não eu caço você até no inferno! -grunhi.

Vossa Alteza De Sangue Azul Onde histórias criam vida. Descubra agora