No dia seguinte eu também estava na Rose hall novamente, tentando desenvolver aquela maldita cena com o Henry.
Eu suspiro.
— Essa cena literalmente não está saindo. -digo.
— Porque você está muito nervosa. -ele disse.
Eu bufo uma mecha de cabelo na frente de meu rosto.
Sutilmente e com delicadeza o príncipe a pôs no lugar. Me fazendo encarar seus olhos azuis por segundos.
— Podemos tentar de novo. -ele diz perdido em meus olhos.
— Talvez. -murmuro inerte.
Sua mão segura o meu rosto, o trazendo para perto.
— Henry...
— Shh.. -ele inclina o rosto.
Um estrondo e eu fito assustada o céu, estamos no jardim, e o céu é uma nebulosa sombria. Logo sinto pingos de chuva que de finos passaram para grossos.
— Sério? -bufo para o alto.
Sinto meus cabelos completamente enxarcados assim como eu, encaro o príncipe no mesmo estado.
— Vem, vamos para o coreto. -ele me puxa pela mão.
— Não seria mais seguro com esses raios a gente ir para dentro do castelo? -questiono.
Ele riu.
— Andiamo! Ruiva! -ele riu.
Observo o belo coreto branco enfeitado de rosas que agora estava quase invisível pela grossa chuva. Nós subimos no mesmo, pingando água por todo o chão.
— É, o céu está caindo. -disse Henry.
— Vai demorar, pelo o que vejo. -suspiro.
Ele me encara.
— Dá para treinar aqui. -ele disse.
— Não acredito que está pensando em treinar com esses trovões! -me encolhi ao ouvir o estrondo de um.
Um clarão de raio e eu viro o rosto assustada.
— Se minha mão profana o relicário em remissão aceito a penitência! meu lábio, peregrino solitário, demonstrará, com sobra, reverência. -ele salta na chuva.
— Louco. -reviro os olhos.
— Por você bela ruiva!
Eu balanço a cabeça e ele me encara, uma deixa, sendo completamente tomado pela chuva lá fora.
— Ofendeis vossa mão, bom peregrino, que se mostrou devota e reverente. Nas mãos dos santos pega o paladino. Esse é o beijo mais santo e conveniente. -digo.
Ele sorriu.
— Os santos e os devotos não têm boca? -questiona.
— Sim, peregrino, só para orações! -respondo.
— Deixai, então, ó santa! que esta boca mostre o caminho certo aos corações. -ele disse.
Sua mão me puxa para a chuva, me fazendo xingar até os céus.
— Sem se mexer, o santo exalça o voto. -digo sendo coberta pelo o manto da chuva.
Ele me puxa pela cintura, sua mão segurando a lateral de meu rosto. Por segundos eu me perco em seus olhos, me afogando em suas íris.
— Então fica quietinha. —sussurra— eis o devoto. Em tua boca me limpo dos pecados.
Sua boca se chocou contra a minha e ao sentir o molhado de seus lábios contra os meus eu suspiro, um trovão rugiu atrás de nós e me mover não estava nos planos além de valsar a minha boca contra a sua.
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Vossa Alteza De Sangue Azul
RomanceHannah Valentine é uma garota de 17 anos que é tão rebelde e valente quanto os seus cabelos ruivos, após uma drástica mudança em sua vida ela se muda com a sua mãe para o país de Supernova em busca de recomeçar, mas o que ela não sabia é que ela viv...