𝗖𝗮𝘁|ⁿᵒᵃʳᵗ°

𝗘𝗸𝗼𝗹𝘂

❝𝖭𝖺̃𝗈 𝗂𝗆𝗉𝗈𝗋𝗍𝖺 𝖼𝗈𝗆𝗈 𝗏𝗈𝖼𝖾̂ 𝖻𝖺𝗍𝖾, 𝖾 𝗌𝗂𝗆 𝗈 𝗊𝗎𝖺𝗇𝗍𝗈 𝖺𝗀𝗎𝖾𝗇𝗍𝖺 𝖺𝗉𝖺𝗇𝗁𝖺𝗋 𝖾 𝖼𝗈𝗇𝗍𝗂𝗇𝗎𝖺𝗋 𝗅𝗎𝗍𝖺𝗇𝖽𝗈; 𝗈 𝗊𝗎𝖺𝗇𝗍𝗈 𝗉𝗈𝖽𝖾 𝗌𝗎𝗉𝗈𝗋𝗍𝖺𝗋 𝖾 𝗌𝖾𝗀𝗎𝗂𝗋 𝖾𝗆 𝖿𝗋𝖾𝗇𝗍𝖾, 𝖾́ 𝖽𝗂𝗌𝗌𝗈 𝗊𝗎𝖾 𝖺 𝗏𝗂𝗍𝗈́𝗋𝗂𝖺 𝖾́ 𝖿𝖾𝗂𝗍𝖺.❞

Rocky Balboa.

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☪ ━ 𝖲𝗂𝗇𝖺'𝗌 𝗉𝗈𝗏'𝗌 ❖

Hoje o Noah disse que não ia abrir a livraria de manhã porquê a gente ia comprar roupas para mim.

Quer dizer... Ele disse que iria me levar, mas quem ia me ajudar era uma garota chamada Any.

Eu não sei quem ela é, mas ele me disse que ela era namorada do Josh, o melhor amigo dele.

Eu perguntei para ele quem era Josh, e ele disse que era o homem loiro que me ajudou com o meu machucado.

Estava assistindo um desenho em uma tela que o Noah disse que o nome é televisão.

— Isso é tão chato. — reclamo fazendo Noah parar de ler o livro e olhar para mim.

— O quê? — pergunta confuso.

— Por que o Tom nunca pega o Jerry? — pergunto frustrada.

— Porque se não o desenho acaba. — ele responde sendo grosso.

— Não é justo o Tom se dar mal e o Jarry sempre sair ileso. — falo e cruzo os braços.

— Sina, a graça da história é essa. Por mais que o Tom sempre se dê mal, ele não vive sem o Jarry e o Jarry não vive sem o Tom.

— Claro que eles viveriam sem o outro.

— Não, eles não viveriam. O contexto da história é justamente mostrar o Tom sempre tentando pegar o Jarry e nunca dando certo. Porquê se der certo, ele não vai ter mais um objetivo.

— Como assim?

— Por exemplo, se você ler todos os livros do mundo e só viver da leitura. Quando os livros acabassem o que você ia fazer?

— Nada, e ia ficar muito chateada e entediada.

— Exatamente, a mesma coisa aconteceria se o Tom pegasse o Jarry. Ele não teria mais nada para fazer, porquê todo dia ele acorda com o objetivo de pegar o Jarry. Sendo assim, um não vive sem o outro.

— Então, o Tom não é o Tom sem o Jarry e o Jarry não é o Jarry sem o Tom?

— Exato. — diz e volta a ler o livro.

Um tempo depois o celular dele toca e ele vai para a cozinha.

Fico cansada de assistir TV e começo a ver a estante de livros que tinha na sala.

Pego um livro que me chamou a atenção e não conseguindo me segurar, começo a rasgar as folhas.

— Si... — Noah para de falar assim que vê o que eu fiz.

— Me desc... — ele não me deixa terminar de falar e segura o meu braço, me empurrando.

— Se é me deixando triste que você pretende ficar, é melhor você ir embora. — diz me empurrando para fora de casa e fecha a porta na minha cara.