trinta e sete

599 27 0
                                    

James

Olho pro relógio e vejo que já são quase nove horas, dou praticamente um pulo da cama e acabo acordando Maya também.

- Olha quem acordou melhorzinho! - Maya disse, entrando de volta ao quarto com Samu no colo. Incrível como ele parecia muito mais filho de Maya do que de Bárbara, talvez pela convivência ser maior. - Bom dia, papai!

Sorrio e dou um beijo na testa do pequeno.
Vou ao banheiro, faço minha higiene e logo após coloco uma roupa qualquer de ficar em casa. Não iríamos sair hoje, aliás, só Bárbara iria e em definitivo.

-

Maya

Após ver como Samu estava e ir com ele até o quarto que James estava e tranquilizar ao ver a melhora do pequeno, vou até o quarto de Salo acordá-la para a escolinha daqui a pouco. De início ela finge que não ouviu, mas depois de uns minutos se levanta e vem nos dar o beijo de bom dia.

Percebo James tenso, mas convicto do que fará.

- Estou aqui com você, vá em frente. - Digo, em apoio a ele que sorri e manda um beijo no ar.

Sorrio.
Mas o sorriso se desfaz ao ver a porta abrir e Bárbara passar por ela.

- Bom dia! - Ouvimos seu cumprimento.

Cara de pau, a cara nem arde.

-

James

- Bom dia, Bárbara? O Samuel passando mal de tanto tossir ontem e você só aparece agora?

Bárbara me olhava com cara de tédio.

- Tá bom, desculpas, eu dormi na casa da minha mãe e meu celular descarregou.

- MENTIROSA! - Me exalto com Bárbara pela primeira vez. - Eu sabia que você não tinha mudado nada, só precisava ver com meus próprios olhos.

- Ver o que? Por um acaso eu cometi algum crime?

Respirei fundo e enfim comuniquei minha decisão.

- Quem sabe? Aliás, vai saber o que você faz nessas suas saídas? Eu, Maya, Salo e principalmente Samu que não saberemos, sabe por que? Porque a partir de hoje você não mora mais aqui, pegue suas coisas e some, Bárbara! - Maya me olhou, apreensiva com medo da reação da loira.

Olhei para a oxigenada, como dizia Maya e... Bárbara estava sorrindo?

-

Bárbara

Se era sonho, que eu não fosse acordada jamais.

- Não sabe o quanto esperei por isso. - James e Maya me olham surpresos. - Cansei de ser a perfeitinha, de ter que ir com você e aqueles dois pirralhos pra todos os lugares e fazer todos pensarem que somos uma família feliz, não suportava mais. - Aproveitei para jogar mais algumas coisas na cara dele. Se era pra falar... - E você, boboca, acreditava nas minhas desculpas, quando na verdade voltei a viver minha vida como quando nos conhecemos!

- Era só ir embora, você não vivia presa aqui. - James refutou. - E quanto aos dois, mais respeito, são apenas crianças que não percebem a maldade de pessoas iguais a você.

- Tanto faz, não me importo com elas. Nunca nem quis esse filho, era só um pretexto! - James e Maya me olham, incrédulos. - Só tive esse bebê porque é seu e por dinheiro, se fosse de qualquer pobretão por aí já teria tirado.

- Você é um lixo, Bárbara. Pegue suas coisas e some dessa casa!

O olho debochada, fingindo tristeza por aquele insulto. Vou até o quarto e em minutos saio com minhas malas prontas.

Liberdade!

-

James

- Até nunca mais, erro.

Decidi chamá-la assim, ao vê-la passar pela porta já pelo lado de fora.

De Bárbara não tinha nada.

Nem escuto suas últimas palavras, bato a porta com tanta força que depois só ouço o que supus ser um táxi se distanciar. Volto ao sofá, Maya vem atrás de mim.

- Ela já foi, entrou no táxi sem nem olhar pra trás. - Respiro aliviado.

- O que foi? Parece tensa ainda.

- E se ela voltar? E se quiser que o Samu viva com ela? Mães tem esse direito, todo mundo sabe disso.

- Você ouviu tudo o que ela disse antes de ir, e se tentar, aqui temos testemunhas ao nosso lado e que sabem que ela nunca foi boa mãe.

Maya assentiu.

Olho pro relógio e em seguida vejo Salo descer as escadas, pronta para a escolinha. Mas antes, a chamo para conversar e explicar de um jeito que ela entenda.

- Então a Bárbara não vai mais voltar?

- Não, meu anjinho. O Samu vai viver pra sempre com a gente, pois é seu irmãozinho, mas ela não volta. - Expliquei e ela pareceu entender.

- Ela morreu?

- Não, filha. Por que a pergunta?

- É que sempre que as pessoas dizem que outra foi embora é porque morreu.

Errada não tá, né? Ah, essas crianças...

sex with the nanny, james rodríguez.Onde histórias criam vida. Descubra agora