trinta e quatro

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Bárbara

Ai, como era insuportável ter que fazer o papel de esposa - mesmo que não fosse no papel e na igreja, e de mãe, esse de verdade - perfeitinha e agora ao invés de estar com Daniel em alguma festa badalada ter que ir com James a festinha da filha de um dos jogadores do time.

No carro, além de nós dois, estavam Salo e aquela boneca que daqui a pouco criava vida e Samu, olhando para tudo e entendendo nada. Sorrio desanimada mas fingindo felicidade de estar ali.

- Parece cansada, se não queria vir era só ter falado.

Aquele colombiano ia mesmo me provocar até conseguir o que queria? Ou seja, ver que era tudo farsa?

Ah, mas esse gostinho eu não ia te dar, querido. Quero ver até onde posso ir com meu fingimento, quem sabe não invisto numa carreira de atriz?

- Não é nada, só esse trânsito me incomodando, meu amor.

-

James

Chegamos na festinha e logo vejo Bárbara com Samuel em seu colo conversando com algumas das esposas dos meus companheiros de time que já haviam chegado. Dou um gole na primeira bebida que me servem e aceito, percebendo depois ser cerveja.

Procuro Salo pelo local e a vejo brincando com outras crianças na área de playground, decido ir até lá ficar de olho nela.

- Salgadinhos? - Tomo um leve susto e me viro, vendo Bárbara agora com Samuel no carrinho e me oferecendo. Aceito, morto de medo de ter veneno neles. - Salo, vem comer se não vai passar mal, pequena.

Como pode alguém mudar ou fingir, já nem sabia mais, tanto?

- É, as coisas mudaram por aqui...

Bárbara apenas me olhou, enquanto dava um gole em seu refrigerante. Ah pronto, agora nem álcool ingeria mais.

-

Bárbara

Felizmente a tal festinha acabou cedo, vida de jogador é assim, nada de farra até tarde - só nas férias e olhe lá... urgh, que tédio.

- Até que foi divertido, apesar do trânsito.

James me olhou e assentiu. Salo e Samu acabaram dormindo no caminho, sendo acordados por nós dois quando chegamos e entramos em casa, eu com Samu no colo e James com Salo.

- Estava pensando e quero a companhia de vocês mais vezes.

Ah não, sério?

- Claro, sempre que surgir a chance de fazer algo legal.

Nunca, espero.

- Então, daqui duas semanas tem outra festa de aniversário infantil, já vou confirmar nossas presenças.

- Ótimo, faça isso! - Sorrio.

Era só o que me faltava...

Dois meses nada, vou me libertar disso tudo bem antes do "tempo acabar".

- Ah não. - Finjo tristeza por ter lembrado de algo.

- O que foi? - James perguntou, assustado.

- Lembrei que nesse dia já tinha marcado com a minha mãe de irmos visitar minha avó, talvez até leve Samu junto pra ela o conhecer. Não se importa, né?

James suspirou, mas pra minha sorte não se opôs.

Ah, como era fácil enganá-lo.

Me dirijo ao nosso quarto com um sorriso maléfico, sorte que ele estava na minha frente então não percebeu.

Daniel, eu voltar pra você e pra nossa vida. Aguarde.

sex with the nanny, james rodríguez.Onde histórias criam vida. Descubra agora