quatro

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maya

James havia saído para mais um dia de treino e depois teria algumas fotos para uma revista ou algo do tipo, não perguntei porque acabei de chegar e não quero ser vista como intrometida e até porque sou apenas a babá da Salomé e deveria ficar no meu lugar. Mesmo sabendo que James não pensava assim.

- Tia Maya posso te chamar de Tia Maya? - Salo pergunta, inocentemente.

- Claro, meu amor. - Respondi. - Olha, vamos nos conhecer melhor? Que tal fazermos uma espécie de ping-pong?

- O que é isso?

- Eu digo uma palavra e você responde com outra. Assim, uma cor: vermelho. Cada uma faz uma pergunta por vez. Entendeu?

- Sim! - Respondeu, batendo palminhas.

- Então, vamos lá. Uma cor?

- Rosa da cor do cabelo da Molly e azul igual o céu, Tia. Um animal?

- Cachorros, inclusive na casa da minha mãe tem dois. - Percebo ela ficar triste. - O que aconteceu, não quer mais brincar?

- Quero, mas é que eu não tenho mais minha mamãe e eu sinto falta dela.

- Ela pode estar longe, mas está sempre presente e por perto no seu coração. - Respondi e Salo me abraçou. - Você nunca vai ficar sozinha, pequena, você tem seu papai e agora a Tia Maya pra te proteger e cuidar.

Vejo Salo olhar pra algo atrás de mim e me surpreendo ao ver James que sorria afetuoso. Será que ouviu nossa conversa?

- Que susto, não tinha te visto aí.

- Tudo bem! Filha, vai tomar banho pois vamos sair. - Salo assente e sobe as escadas até o banheiro, nos deixando a sós mais uma vez. - Vem com a gente? Vai ser uma honra, ainda mais depois de tudo que ouvi e vi.

Corei. Como ele poderia ser tão fofo? Não se ilude Maya, ele só está sendo gentil e pode ter a garota que quiser em seus braços, por que olharia justo pra mim? Tantas mais bonitas por aí.

- Então? Se tiver outra coisa pra fazer, vou entender.

- Aceito! Digo... - James sorriu.

- Sabe, é tão bom ter alguém como você com a Salo. Me sinto mais seguro e feliz de ter te conhecido, você é... - A cada palavra ia se aproximando mais e eu não conseguia me mexer, apenas meus olhos se moviam ora nos seus olhos ora na sua boca. - Incrível! E dessa vez não digo isso pela Salo. - Nossas bocas já estavam quase unidas, quando um gritinho nos fez voltar a realidade.

- To pronta, papai! Tia Maya to bonita?

- Linda, meu anjinho.

James abriu a porta e então fomos até seu carro, enfim ouvi sua voz depois do momento constrangedor. Constrangedor, será essa a palavra? Ah, quantas dúvidas.

- Não fez o banheiro de lagoa de novo fez mocinha?

- Não, papai. - Salo respondeu, fazendo um biquinho fofo. Rimos.

- A tal sessão de fotos foi cancelada, iam ser fotos externas e o tempo não estava muito bom. - Disse, olhando pra mim. - Sei que queria saber.

- Queria? Digo, penso que sua agenda só diz respeito à você, não? Desculpa, to sendo grossa. Ô gafe...

James riu, Salo nem prestava atenção na nossa conversa pois se ocupava demais brincando com a Molly, era mesmo a boneca favorita dela.

- Sobre aquilo antes daqui eu...

- Vamos fingir que não aconteceu, ok? Estou aqui principalmente pela Salo mas não quero que fique um clima chato entre nós. Amigos de trabalho, lembra?

- Certo! - James respondeu, sucinto.

Mais alguns minutos no trânsito, chegamos no restaurante que descobri ser o favorito dos dois. E tinham razão pra nomearem ele assim, a comida era ótima, além de ter uma grande área de playground para crianças. Óbvio Maya, pra adultos que não seria!

Na volta pra casa, Salo dormia agarrada na Molly. Um silêncio constrangedor, olha essa palavra novamente, dominava o carro.

- Te deixo em casa!

- Não precisa James, posso pegar um ônibus no ponto perto da sua e...

- É o mínimo que posso fazer depois de tudo que está fazendo pela Salo e por mim também.

- Se você insiste, tudo bem! - Rimos.

Minha casa era mais perto do restaurante do que a casa de James, logo eu deixaria aquele carro e acabaria com aquela tensão.

- Chegamos, senhorita.

- Obrigada!

No impulso, dou um beijo no canto da sua boca. Droga, quem mandou eu beber? Gotinhas de álcool já me deixam assim... Saio rapidamente.

- Você também é incrível, James. Até amanhã.

sex with the nanny, james rodríguez.Onde histórias criam vida. Descubra agora