[Ben]
— Alex... — repeti seu nome após vê-lo descer do palco junto com sua amiga. Confesso que fiquei bem animado quando eles estavam cantando Me & My Bobby McGee. Fazia um bom tempo que eu não escutava essa canção, e eles foram simplesmente surpreendentes.
Havia muito mais sobre aqueles dois do que poderia qualquer pessoa imaginar... havia paixão, energia e sincronicidade, coisas que eu particularmente acredito muito. E naquela noite, aqueles dois estavam simplesmente em sincronia com o universo.
— Eu dou um 8,5 para aquele rapaz... ele é uma gracinha, mas acho que é muito novinho — Meg disse bem baixinho, no canto de meu ouvido. Ela deveria ter percebido que eu o estava assistindo e estava igualmente fascinado.
— Eu acho ele um 9, tem muito mais nele do que os olhos vêem... É só um palpite — eu disse para Meg. Ela sorriu em resposta e complementou me dizendo que estava muito na cara que eu estava interessado nele, e que eu já poderia parar de babar.
Achei um afronte... eu sempre fui muito discreto e dificilmente dava para saber o que se passava em minha cabeça, pelo menos, era o que eu repetia para mim mesmo. Meu orgulho estava parcialmente ferido com a constatação de Meg.
— Você acha que ele possa ser? — Meg me perguntou curiosa.
— Talvez... — Pausei olhando na direção de sua mesa. — Algo me diz que sim, mas já estive enganado antes, não é mesmo? — eu respondi, e ao final de minha pergunta nós nos olhamos e gargalhamos.
— Bem, só há um jeito de saber... — Meg disse enquanto apontava para a mesa onde eles estavam, Alex tinha levantado sua mão e chamava o garçom até sua mesa.
[Alex]
— O que vai querer, senhor? — perguntou o garçom de meia-idade e cabeça levemente calva.
— Eu quero outra cerveja, também quero pedir uma música para deixar na fila de espera... — eu falei e o homem rapidamente começou a anotar o meu pedido, pegou um pequeno pedaço de papel que ele guardava em seu avental e me entregou. Ele aguardou para que eu escrevesse o nome da música, para que eu pudesse cantá-la posteriormente.
Eu escrevi no papel "Love is a Battlefield" da Pat Benatar, e o garçom pegou meu pedido da cerveja e da música, depois desapareceu na multidão agitada. Senti que minha bexiga estava começando a me fazer lembrar de sua existência, e precisei me retirar rapidamente para o banheiro. O que levou algum tempo, pois a fila para o sanitário unissex estava gigantesca. Enquanto eu aguardava a minha vez para o usar o toalete, eu checava as mensagens que eu tinha em meu celular, algumas eram de pessoas que eu jamais imaginaria que ainda se lembrariam de mim, como alguns colegas do meu Ensino Fundamental e não havia nenhuma mensagem de minha mãe.
[Ben]
Meg e eu observávamos a mesa em que o rapaz chamado Alex estava, um dos garçons da casa tinha ido até sua mesa e ele ficou ali por algum tempo, minha amiga percebeu que ele talvez estivesse pedindo uma música para cantar. Em seguida, o rapaz entregou o papel de sua música para o garçom e os dois não demoraram muito para desparecer por um momento no meio do bar lotado.
— Garçom! — Meg acenou para que a escutassem, o que não demorou muito, pois uma moça tinha lhe visto e pediu para que esperasse. Entretanto, Meg não quis esperar, ela se levantou e eu a olhei confuso.
— O que está fazendo? — perguntei curioso. E quando percebi não só eu a olhava, mas também o restante de nossa mesa, então Meg simplesmente sorriu e disse:
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Essa Não É Uma História de Amor Qualquer [EM REVISÃO]
Roman d'amourAlex jamais imaginou que sua vida um dia ficaria de pernas para o ar, e nem que a única solução para seus problemas, seria fugir para o mais longe possível de casa, mas ele também nunca imaginou que fugir de seus problemas também o levaria a encontr...