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CAPÍTULO 4

Autora Point Of View

— Roberta porque está tão calada? — Perguntou Clara arqueando a sobrancelha. — Estava conversando até agora.

— Estou apenas cansada. Mentiu.

Clara arqueou a sobrancelha, ela conhecia muito bem sua amiga e sabia que ela estava mentindo, mas sabia que ali não era o momento de perguntar. — Mas me conta sobre você, Bárbara. Esta tão calada quanto Roberta.

— O que quer saber de mim?

— O que gosta de fazer?

— Eu gosto de ler e no meu tempo livre  gosto de vir a praia, apenas para ouvir as ondas do mar. Sorriu.

— Você é das minhas. Adoro a praia também. Namora?

— Eu não penso em namorar agora, estou mais focada em estudar no momento.

— Uma menina tão linda, aposto que deve chover meninos querendo ficar com você. Brincou fazendo a mais nova corar.

— Não é pra tanto.

— É sim, não concorda Roberta? Questionou Clara.

— Sim. Muito linda. Sussurou ás últimas palavras tão baixas que Bárbara só ouviu pois estava ao seu lado.

— O assunto está ótimo meninas, mas eu preciso ir. Falou Roberta se levantando.

— Eloisa e eu também precisamos ir, vamos?

— Eu dou uma carona para vocês.

— Não precisa professora Roberta, não queremos incomodar.

— Não vou deixar vocês andarem sozinhas, em um horário como esse.

☾☾☾

Um mês havia se passado desde o ocorrido e Roberta estava mais envolvida sobre a ideia do divórcio. Afinal, ela sabia que nao se sentia mais feliz em seu relacionamento. Contudo, havia algo em especial que lhe estava chamando ainda mais a atenção: o sentimento diferente que estava sentindo em relação a sua aluna Bárbara Sottile.

— Você percebeu como Vitória entrou hoje e te olhou? Perguntou Eloisa.

— Ela me odeia.

— Na verdade eu acho que ela gosta de você, lembra daquele dia que ela surtou?

— Shhhh... Silêncio, meninas. — Se manifestou Roberta ao olhá-las.

— Desculpe, professora — disseram juntas.

Roberta interrompeu sua escrita, levantou-se de seu lugar e caminhou até o quadro.

— Vou passar um trabalho e sera sobre redação para ser entregue na próxima aula. Não deixem de fazer, a menos que queiram perder dois pontos de avaliação — disse séria. A loira descreveu o tema e quais os parâmetros gostaria de encontrar na elaboração desses trabalhos. Por fim, fez a chamada e aguardou os minutos finais de sua aula. — Estão liberados! — disse ao soar do alarme. Ainda em sala de aula, enquanto recolhia seus pertences, alternava o olhar entre seus objetos e sua aluna. O olhar que a loira lançava era tão intenso e constante, que Bárbara percebeu.

A mais nova recolhia seu material no ritmo quase igual ao da professora. E, enquanto o fazia, sentiu que estava sendo observada.

A mais velha caminhou até a saída. Mas antes de cruzar a porta da sala, sentiu a presença de Bárbara. A loira estacionou os passos e deixou que sua aluna tomasse sua frente.

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