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CAPÍTULO 5

Bárbara Sottile Point Of View

Eram 3 da madrugada e eu ainda não havia conseguido dormir, estava sentada no chão de meu quarto me olhando através do espelho, lágrimas escorriam pelo seu rosto, meus olhos já estavam muito inchados de tanto chorar, me sentia vazia.

E eu sabia que a única forma de eu sair daquele vazio infinito não ia ser tomando remédio, mas sim admitindo pra ela que eu estava completamente apaixonada e que mesmo nunca ter tocado naqueles tão sonhados lábios eu já sabia que a amava.

Um novo dia se iniciou e o sol já havia nascido, me encontrava em frente ao espelho do banheiro olhando as profundas olheiras que habitavam em minha face, em uma tentativa de tentar esconde-las peguei meu corretivo que estava no armário e passei sobre elas, mas sem sucesso

— Que droga. Bufei irritada. Tentei pela segunda vez e consegui amenizar um pouco.

Terminei de fazer minhas higienes matinais e desci as escadas para comer algo, minha mãe já haviam ido para o trabalho então apenas segui até a cozinha, escolhi uma fruta pois não estava com muita fome e subi novamente as escadas indo para o meu quarto, peguei minha mochila e fui para a escola.

Roberta Medeiros Point Of View

— Pensei que iria precisar ir acordar a bela adormecida. — Falou Clara rindo me fazendo sorrir.

— Estava muito cansada. Falei e me sentei junto com ela. Clara sorri e coloca sua mão sobre a minha.

— Você está melhor? Assenti e mordi um pedaço da torrada.

— Bom dia mamãe e titia Clara. — Falou meu filho vindo do corredor com uma voz sonolenta.

— Bom dia neném falamos em uníssono.

— Não quero ir para a escola hoje. — Falou o menino com um semblante triste.

Me levantei e me ajoelhei ficando na sua altura. — Por que meu amor?

— Não estou me sentindo bem.

— Você está com dor? — Questionei e ele negou. — Você quer que a mãe fique com você? Ele assentiu.

— O que você acha de passar o dia com a titia Clara? — Se pronunciou Clara. — A mamãe precisa ir para o trabalho e eu estou morrendo de saudades de você.

— Você vai me levar no shopping titia Clara?

— Levo aonde você quiser meu amor. — Respondeu Clara o abrançando.

— Não tem problema pra voce Clara?  Questionei e ela negou. — Só hoje, então! Afirmei sorrindo e logo mordendo minha torrada. — Filho se você sentir qualquer coisa, pode pedir pra titia Clara me ligar, ok? — Ele assentiu.

Me despedi de Bernardo e Clara e segui para a escola, mesmo não querendo eu sabia que tinha muitas coisas pendentes.

Adentrei na escola e segui para minha sala, passei pela minha secretária e pedi que ela me trouxesse um café preto bem forte pois eu sabia que aquela manhã seria bem agitada.

Em minutos eu já estava tomando meu café e finalizando pendências, nem percebi a hora passar, estava tão focada. Constatei meus advogados para assim iniciar o processo do divórcio e quando vi já estava quase perto do sinal tocar para o lanche.

Decidi que hoje não iria me juntar com os outros professores como de costume, eu não estava em um dia bom então eu apenas fiquei na minha sala, o sinal soou pelos corredores e eu pude ouvir as crianças correndo e gritando aquilo de certa forma me fez me sentir um pouco melhor.

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