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Autora Point Of View

— E esse sorriso em? — Perguntou Clara entrando no escritório de Roberta.

Medeiros a olha e fecha a cara. — Sorriso? Não estou vendo nenhum sorriso. Diz com uma voz sínica que logo se transforma em uma risada gostosa.

— O que eu perdi? — Brincou.

— Clara. — Pigarreou Roberta.

— Você não fez isso de novo? — Respondeu. — Fez não é?

— Aconteceu. — Soltou um suspiro longo.

— Roberta, você tem noção de onde você acabou de se envolver?

— E agora? Um silêncio se instalou por uns segundos.

— Eu não sei. Falou Clara quebrando o silêncio com um semblante preocupado. — Talvez você deveria falar com ela sugeriu.

— Estou com medo.

— Deveria ter pensado nisso antes de ter beijado ela de novo. — Falou Clara revirando os olhos.

— Érh...

— Roberta. — Gritou Clara. — Você não fez o que eu acho que vocês fizeram, né?

— Então...

— Roberta você tá louca? Pirrou de vez é? Ela é sua aluna, você tem noção disso?

— Clara antes de você me julgar, senta aí e escuta meu lado.

— Eu não estou te julgando amiga, só acho isso uma loucura. — Clara caminha e se senta ficando de frente pra Roberta que tinha uma expressão indecifrável.

— Eu tentei, ok? Tentei evitar ela, fugir dessas emoções que ela me causa, porém ela apareceu na minha cabana e eu não conseguir me conter.

— Não conseguiu ou não quis?

— Não está me ajudando.

— Puta que pariu, Roberta. Você realmente está gostando dessa garota — comentou ao observá-la.

— Eu não estou apaixonada. — Clara arqueou a sobrancelha. — Ok, eu estou — admitiu.

— Claro que está, está scrito na sua testa o quanto você está envolvida nesta menina. Quem em sã consciência faria isso? Só o amor pode cegar desse jeito.

— Talvez.

— Vocês duas precisam conversar e se resolver e de preferência logo. Roberta assentiu cabisbaixa.

Um som alto ecoou pelo cômodo. Roberta rapidamente levanta e caminha até sua bolsa onde estava seu celular. Bufou e o jogou de volta na bolsa.

— Algum problema? Perguntou Clara com um semblante preocupado.

— João Carlos pediu para conversar comigo.

— Que homem chato, ele não desiste mesmo, quer que eu vá junto? Roberta nega e abraça sua amiga. — Amiga só não se esqueça que ela ainda é sua aluna e vocês duas precisam manter a ética aqui dentro. Provisoriamente.

— Mas a gente não tem nada.

— Isso é questão de tempo, é notório o quanto vocês duas então envolvida uma pela outra.

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