Riders- (Lee Minho/Lee Know)

10- Amigos?

A manhã era mais gélida que o comum na cidade que era conhecida por ser quente como o inferno. Os lençois embolados, coberta bagunçada tal como os cabelos rosas e castanhos, perfumes misturados, marcas pelos corpos e um sono pesado, tudo isso deixava bem claro o que havia acontecido na noite anterior, quando Lilith e Minho decidiram desinflar seus egos e se entregarem ao seu desejo. A destra de Minho estava repousando sobre a coxa farta onde haviam algumas marcas, parte está do corpo de Pink que estava sobre o do asiático, ele que dormia de lado, de costas para a mulher que o enlouquecera na noite passada, a mão de Rizzo passava por baixo do braço de Lee, abraçando-o e deixando que a palma repousasse no abdomen do rapaz, que em um movimento, ou outro, mudou a posição fazendo com que agora ele fosse a conchinha de fora, estando com o rosto afundado em meio aos fios rosa e o perfume inebriante que a italiana carregava consigo.

A idéia de uma vida calma como a que levavam naquele momento era maravilhosa, mas claro que Lee Know não estaria livre para ter tal destino. O celular do homem passou a tocar, fazendo com que em meio á resmungos preguiçosos o homem abrisse minimamente os olhos, de forma que enxergou tudo borrado, graças aos próprios cílios que ficavam na frente da visão. Com lentidão e peso nos movimentos, Lee soltou aos poucos a cintura de Pink, que resmungou sentindo falta do calor dele contra si. Ele logo se sentou na cama e torcendo o próprio pescoço para o estralar ele se levantou devagar, alongou as costas enquanto seus pés descalços se acostumaram com a sensação do chão gelado conforme dava seus passos, pegou sua box que estava ali e a vestiu, fez o mesmo com a calça e assim desceu rapidamente as escadas até enfim chegar na sala, seu celular sobre a mesinha de centro já havia parado de tocar, no entanto, havia mais do que apenas a notificação de chamada perdida, haviam mensagens de SMS, por um segundo o homem abandonou a visão meiga de seu rosto preguiçoso para sorrir ladino ao imaginar que era o "dinossauro" que ainda se comunicava por tal meio, mas seu sorriso logo sumiu, pois ali estava o símbolo que o rapaz tinha tatuado, assim como todos os que trabalham para o mesmo local onde Minho trabalhou.

–Porra, o que é agora? Me acharam...

Os olhos do rapaz quase não puderam acompanhar quando ele simples desbloqueou a tela e já acessou o app de onde vinham as notificações, assim vendo que ali estava um endereço, não um qualquer, mas o de onde ele estava neste exato momento, o do apartamento de Lilith. A mulher corria perigo agora que a viram com ele e ao sentir que era culpado por isso, e talvez fosse, Minho fraquejou sua expressão seria formando em sua face uma que quase nunca esboçava, uma certa expressão de dor estava ali, mas não fisica, sim mental, pois ele sabia que mesmo que tivesse gostado tanto de Pink, mesmo que ela o houvesse acolhido como amigo, ou mais, ele teria que fazer o mesmo que fizera com qualquer um que conheça, abandonar.

E foi enquanto Minho procurava sua camisa e meias para sair que ele sentiu seu corpo ser agarrado e pressionado, um calor gostoso o tomou pelas costas e a sensação de ter a cabeça de Lilith apoiada em suas costas foi boa, mas ao mesmo tempo quase torturante, mas claro, que para ele não fazia sentido estar sentindo isso, já que ela não teria passado de uma aventura, ou uma ficada... Certo? Talvez.

–Levantou antes de mim... Dormiu bem? Aliás, bom dia, Minho!

A mulher tinha rouquidão em sua voz, graças á ter acordado agora, ela passou por Lee e logo ele viu onde estavam suas meias e blusa, as peças de roupa estavam simplesmente perfeitas no corpo da mulher que tinha a camisa como quase uma mini veste, que alcançava o começo de suas coxas, deixando-a com um ar delicado e até encantador, que fez o asiático sorrir ladino. Ele estava apenas acompanhando os passos dela e sorrindo suavemente.

–Bom dia, Majestade... Dormi bem, mesmo que você ronque tanto! —Ele sorriu em deboche

–Roncar? Aí meu Deus, se eu soubesse que não gosta de barulhos, não teria gemido tanto para ti ontem.