15-Ciúmes

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-Posso não ser paciente com esse tipo de sentimentalismo, mas sei que você tem de ver seu pai de vez em quando. E já faz muito tempo, não? -Ele passou por ele, enfiou a mão na massa de cabelos ruivos e os afagou brevemente, mas com a expressão séria. -Iremos mais tarde para jantar com seus pais.

Rafa sorriu de leve, agradecido, e ele saiu da biblioteca

.

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Em torno de sete da noite, Rafa e Christopher já desciam na frente da Mansão dos Saviñon.

Chris, atraente como sempre em roupas escuras. E Rafa elegante usando roupas claras que suavizava a figurinha angelical.

-Parece nervoso. -Ele observou quando estavam caminhando até o portão.

-É que estou ansioso para vê-los .E meu pai... -Pai se calou.

-A relação entre você e seu pai não é das melhores, verdade?-Chris perguntou franzindo a testa.

Rafa o olhou, de olhos levemente arregalados.

-O que quer dizer?

Christopher deu de ombros, enquanto apertava a campainha para indicar que estavam ali. Logo um mordomo apareceu, e ao vê-los abriu o portão com um cumprimento.

-Olá Mourris! – Rafa sorriu, encantado por rever o velho mordomo.

-Rafael. -O velho sorriu também, pelo visto gostava muito de Rafa. -Senhor. -Christopher apenas acenou. -Como está à vida de casado, Rafael?

Christopher olhou ironicamente para o ruivo, mas ele o ignorou e forçou um sorriso para o mordomo.

-Maravilhosa. Como estão todos aqui? -Perguntou com animação, enquanto o velho os guiava até a mansão.

-Muito bem. -Ele riu alegre. -Sentindo falta da sua energia aqui na casa, mas creio que agora está mais feliz com seu marido.

-Sim, claro. -Rafa suspirou.

Quando entraram na mansão, o ruivo olhou o mordomo com um sorriso:

-Pode avisar ao meu pai que estamos aqui, Mourris?

-Mas é claro, Rafael. Fiquem à vontade, alguém trará um chá enquanto esperam.

Mourris saiu apressado, Rafael e Christopher foram sentar-se na sala.

-Tem tanta intimidade com os criados que me surpreende. -Ele comentou, olhando-o. -Você trata à todos da mesma maneira, independente de ser um criado ou um rei da nobreza.

Rafa o olhou meio frio.

-Todos são iguais, Christopher. Independente dos títulos que tem.

-Sim, é verdade. -Ele apertou os olhos, pensativo, e ainda o olhando astutamente.

-Boa noite, aqui está o chá.- Uma criada mais nova entrou com uma bandeja.

-Obrigada. - Rafa sorriu para a outra ao pegar a xícara. -É nova, não é?

-Sim, você é o senhor Saviñon, não? -A moça murmurou timidamente. -Seus pais me contrataram há alguns dias.

-Oh.-Sorriu.

Quando a moça acenou para Christopher e se retirou, Rafa balançou a cabeça.

-Meu pai continuam com essa mania de contratar cada vez mais empregados.

-Ele é rico, e vivem no luxo .É natural querer mais conforto e ser servido. -Christopher respondeu.

-Desde que eu me entendo por gente ele é assim. Cresci rodeada por criados e coisas materiais. –O ruivo tomou um gole de chá de olhos baixos.

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