6-Você é só meu!!!

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-Senhor? Senhor, acorde.

Rafael abriu lentamente os olhos e deu de cara com uma das criadas. Ela parecia ter uns setenta anos e tinha um ar bondoso.

Rafa sentou-se na cama, se espreguiçando como um pequeno gatinho.

-Ainda bem que despertou, senhor Uckermann.

O ruivo franziu o cenho. Era muito estranho ser chamado de "senhor", mas ser chamado de "senhor Uckermann" era mais ainda.

-É muito tarde?-Perguntou, bocejando.

-São duas da tarde, senhor.- A mulher sorriu.- Como já passou da hora do almoço, o doutor mandou-me vir te despertar.

-Christopher? Ele está em casa?

-Está, sim. O doutor está no borboletário

-Bor...Borboletário?- repetiu, confuso.

-Sim senhor, o doutor cuida de um borboletário há anos.- A criada respondeu.-Bem, o doutor me deu ordens para levar o senhor para comer e em seguida lhe mostrar a mansão. Será um prazer para mim.

-Tudo bem, mas eu acho que minhas roupas...

-Esqueça-as, senhor. Creio que o doutor Uckermann jogou-as fora.

-O quê?-Rafa disse indignado.- Como assim jogou fora?

-Não se preocupe- A criada caminhou até o grande e empoeirado armário. Abriu-o, e Rafa viu uma quantidade tão grande de roupas coloridas e finas, que arregalou os olhos.- O doutor fez questão de encher este armário para você antes do casamento.

-É...tudo para mim?

-Claro que sim, senhor.- A mulher sorriu com animação.- Deseja ajuda para vestir-se?

-Não, obrigado.- O ruivo saiu da cama, meio confuso com aquela nova vida que viria.-Como se chama?

-Adelaide, senhor .Agora vou me retirar para que possa vestir-se. Estarei esperando-o do lado de fora.

A mulher saiu com um sorriso. Rafa adorou saber que teria aquela companhia agradável na mansão se tivesse que viver só com Uckermann ele não saberia o que fazer.

O ruivo parou na frente do armário e ficou olhando aquela quantidade de roupas (belíssimas) com ar pensativo.

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Rafa comeu na enorme e comprida mesa da sala de refeições. A mesa estava posta somente para ele, com diversas e deliciosas comidas. O ruivo comeu o máximo que podia para não desapontar os cozinheiros

Quando terminou, Adelaide se aproximou.

-Agora quer ir conhecer a mansão, senhor?

-Sim.

Rafa largou o guardanapo em cima da mesa e se levantou. Adelaide acompanhou Rafa por todos os recantos da mansão, calada.

Rafa observava tudo com horror. Mesmo pela manhã, a casa era toda escura e fechada, com aquelas pinturas e estátuas horríveis que ele tinha visto na noite anterior.

-Adelaide, não acha esta casa sinistra demais?-Perguntou se virando para observar a mulher, que estava séria.- Porquê Uckermann mantêm a casa desse jeito, como se fosse uma casa de vampiros? É tudo tão sem vida, tão obscuro, tão assustador, tudo tão parecido com ele.- Rafa concluiu baixinho.

-Não creio que seja assim, senhor. A mansão só é muito clássica, mas é bonita.- Adelaide respondeu, sem olhar Rafa nos olhos.

O ruivo estranhou, mas não comentou mais nada .Quando terminaram de ver tudo, Adelaide perguntou se Rafa não queria ir até o Borboletário ver o marido.

Renda-se,Você é meu!!!Onde histórias criam vida. Descubra agora