Dias depois...
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Rafael estava caminhando lentamente por fora da Mansão. Ainda era começo de tarde.
Caminhou até a Fonte Uckermann, e sentou-se na beirada, colocando a mão dentro da água e começando a brincar com os dedos.
Estava pensativo, aqueles últimos dias tinham sido uma loucura, e até aquele dia Christopher e ele não estavam se falando normalmente.
Poucos minutos depois, Rafael virou-se com sobressalto ao ouvir um barulho nas folhas secas do chão.
Não viu nada e franziu o cenho. Levantou-se, e ouviu um miado baixo.
-Mas.. -Rafa andou um passo, e quando olhou para sua baixa diagonal viu um pequeno gatinho branco miando e tremendo, escondido nas folhagens perto da Fonte. -Um gatinho!
Sorrindo, Rafa foi até ele e se abaixou. O gatinho se encolheu todo, com medo.
-Não precisa ter medo. O que faz aqui? – O ruivo pegou o animalzinho com muito cuidado, acariciando-o.-Pobrezinho! Está tremendo.
O pequeno bichinho miou mais alto.
-Coitado do animalzinho. -Rafa o observou, e viu que o gatinho estava todo sujo e parecia maltratado. Além de tudo, parecia estar faminto e era frágil. -Não se preocupe, vou cuidar de você. Vamos para dentro!
Rafa, com a pequena bola branca de pelos em seus braços, voltou para dentro da Mansão.
Estava se dirigindo à cozinha, quando Christopher apareceu, descendo as escadas.
-Aonde estava, Rafael? Nem Adelaide sabia onde você estava! Eu vou precisar sair e... -Ele se interrompeu quando viu o gato, enroscado em Rafa, miando baixo e olhando ao redor. Christopher ergueu as sobrancelhas e olhou para o ruivo.
-Uckermann, eu encontrei o bichinho lá fora. Acho que escalou o muro e entrou aqui dentro das propriedades.- Rafa explicou, fazendo carinho no animal.- Ele está ferido e frágil pobrezinho. É um filhote ainda.
-E o que você e eu temos a ver com este bicho? -Chris perguntou, áspero e frio.
Rafa apertou os olhos, incrédulo com tamanha frieza.
-Bem, você realmente não tem nada a ver. Mas eu tenho, não vou deixar o pobre animal lá fora para morrer de frio e de fome.
-Eu não quero animais aqui dentro, Rafael.-Ele apertou os dentes, lançando um olhar duro ao gato. -Ele está imundo, e deve estar cheio de doenças. Você sequer deveria tê-lo pegado nos braços. Deixe esse bicho lá fora e vá se lavar.
-Não vou deixá-lo lá fora! -Ele franziu o cenho. -Não se importa com nada que não seja você mesmo, não é Uckermann? Sequer um bichinho doente te dá pena!
Christopher suspirou, parecendo entediado.
-Não vai fazer diferença se o gato morrer na porta da sua casa, vai?- Rafa perguntou, já sabendo a resposta.
-A menor diferença. -Ele respondeu com ar gelado, quase divertido. -Pouco me importa se esse gato vai morrer de frio na rua, só não o quero aqui dentro!
Rafa sentiu-se arrepiar como nunca havia sentido. Deus, aquele homem era sem coração! Ele não era humano!
-Christopher, será possível você ter nascido com essa crueldade? Ou será que algo no seu passado o deixou assim, desumano? -Ele murmurou, olhando-o com uma seriedade, quase pensativo.
As feições do marido se viraram, ficaram duras, e Rafa passou apressadamente por ele.
O ruivo foi até a cozinha, pegou um píris fundo e pôs leite morno dentro. Colocou no chão e pôs o gatinho na frente.
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Renda-se,Você é meu!!!
القصة القصيرةRafa estava perdido, a única solução que lhe restara era aquela. Pegara todo o dinheiro que seu pai guardara para ele desde pequeno, para que agora pudesse se manter em algum lugar por algum tempo.Não tinha ideia do que faria depois, mas sabia que a...