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Suas mãos passeavam por meu corpo de modo delicado. Aos poucos pude sentir uma delas subir até meu pescoço, o apertando levemente. Antes de qualquer mínima reação, o celular de Hinata toca, em consequência nos separando. Ele bufa de raiva, pegando o aparelho em mãos e logo o atendendo.

- Fala.- Seu tom de voz é rispido.

Como eu estava perto, pude ouvir a voz do outro lado da linha. Parecia ser a voz de um rapaz. De modo delicado, eu me aproximo mais ainda de Hinata, depositando minha cabeça sobre seu ombro. De olhos fechados, tento escutar o que a pessoa dizia.

- Pode me buscar?- O rapaz fala.

- Caralho, Atsumu.- Um grunhido de raiva escapa dos lábios do ruivo. Ele repousa sua mão livre em minha cabeça, fazendo um leve carinho.- Manda a localização, já chego ai.

A ligação é rapidamente acabada. Eu me afasto dele, o encarando nos olhos.

- Desculpa, gatinha.- Ele se aproxima, depositando um leve selar em meus lábios.

Suas mãos dão leve batidinhas em minha bunda, me fazendo entender o recado. Me apresso a sentar no banco novamente. Shoyo Fica alguns segundos mexendo no próprio celular, mas logo liga o carro e começa a dirigir. Ele demorou em torno de 10 minutos para chegar no lugar. Paramos em frente a um prédio. De longe, vejo a figura de um rapaz de cabelos louros. Sua face não me era familiar. Ao ver o carro, ele rapidamente se apressa em entrar no baco de trás.

- Caramba, essa chuva tá forte mesmo.- Ele reclama, balançando os próprios cabelos molhados.

Hinata apenas o encara de modo sério. Era nítido que o rapaz havia deixado o ruivo extremamente irritado.

- Olha só, temos companhia.- Ele diz assim que coloca os olhos sobre mim.- Sou Miya Atsumu, muito prazer.- Seu tom era provocador.

- Sou a [ Nome ].- Respondo de maneira seca, rapidamente o ignorando.

- Sua namoradinha do mês?- Atsumu pergunta ao ruivo.

- Para de falar merda. A [ Nome ] é apenas uma amiga.

Eu senti meu corpo gelar por inteiro. A frase de Hinata pareceu ter sido expontânea, não algo proposital. Se foi expontânea ou não, me deixou abalada de qualquer forma. Eu realmente tinha um interesse tremendo pelo ruivo, meu medo era dele não sentir o mesmo.

- O que aconteceu dessa vez?- Hinata pergunta para o rapaz, o encarando pelo espelho.

- Mais uma maluca ai. Me chamou pra casa dela, mas o namorado apareceu e surtou comigo.- O Miya diz como se não fosse nada.

Um riso escapa de meus lábios. A forma como o rapaz havia dito fez parecer que era algo normal.

- Eu vou dormir na sua casa hoje.- Ele diz logo em seguida.

- Porra...- O ruivo resmunga.- Além de me atrapalhar, ainda vai me encher o saco na minha própria casa.

- Me desculpe, príncipe encantado. Mas acho que não existe nada mais importante do que ajudar seu amigo do peito.- Atsumu diz de forma convencida.

Hinata me encara pelo canto dos olhos, lançando um olhar sugestivo. Eu coro instantaneamente. Com uma tremenda vergonha, eu me encolho no banco.

Passei o restante do caminho dessa mesma forma. A vergonha era tanta que eu não suportava olhar na cara de Shoyo. Eu estava surpresa, nunca havia ficado dessa forma por cara nenhum. Podíamos dizer que Hinata me causava borboletas no estômago, ou era apenas minha barriga roncando por conta da fome.

Quando o carro parou no estacionamento, me apressei a sair do carro. Mas antes que eu pudesse de fato sair, sinto uma grande mão pesar em minha coxa.

- Toma.- Hinata diz enquato joga um molho de chaves para Atsumu.

O loiro pareceu não ter percebido nada, então apenas saiu do carro e caminhou até o elevador. Quando ele percebeu que Atsumu estava em uma distância considerável, apertou minha coxa sem dó algum. Eu arfei de surpresa, levando meu olhar até ele.

- Desculpa de novo, gatinha.- Sua feição era de tristeza, era nítido que ele se sentia chateado.

- Não desculpo.- Digo de forma séria, recebendo o olhar surpreso dele. Com um sorriso nos lábios, digo em seguida.- Mas posso considerar seu pedido se você me beijar novamente.

Um suspiro aliviado escapa dos lábios do garoto, seguido de um sorriso radiante. Ele da alguns tapinhas no próprio colo, insinuando que era pra eu me sentar. Eu me apresso a fazer o que ele havia pedido, colocando minhas mãos sobre seu peitoral. Eu aliso sua pele coberta pelas camisa com minhas unhas grandes, intercalando entre movimentos leves e agressivos. Percebi um sorriso satisfeito se desenhar em seus lábios, hora ou outra ele arfava, demonstrando que estava gostando.

De pouco em pouco, eu aproximo o meu rosto de seu maxilar, depositando muitos beijos molhados por toda a extensão de sua pela descoberta. Suas mãos repousam sobre minha cintura, logo em seguida descendo para minha bunda. Com muita pressa ele cola nossos lábios, pedindo cada vez mais passagem pela minha boca. Suspiros prazerosos saíam de nossos lábios. Pude sentir um volume crescer abaixo de mim, e em consequência, senti meu corpo queimar.

Quando senti suas mãos fazendo um caminho para dentro de minha blusa, rapidamente me afasto. Com uma feição muito forçada, finjo estar cansada.

- Acho que já está meio tarde, não é?- Falo em um tom manhoso.

Ele me olha confuso.

- Está?- Sai em um gaguejo dele.

- Está!- Me livro de seu toque, sentando novamente no banco e saindo do carro logo em seguida.

Eu tento andar de modo confiante, por mais que minha perna tremesse de modo descontrolado. Eu sei, eu realmente não deveria ter fugido dessa forma. Mas ele ter denominado a mim como "apenas uma amiga" me deixou nos nervos. Essa era minha vingança contra ele. Também sei que se não tivesse parado, iríamos ter feito muitas coisas amais. De qualquer forma, eu esperava que ele se sentisse zangado comigo, assim como eu me senti.

Eu até mesmo morreria apenas para ver a cara que ele ficou. Escuto passos vindo atrás de mim, e ao olhar pro lado, vejo a figura do ruivo me acompanhando. Sinto que ele havia entendido o recado da minha provocação. Quando entramos novamente no elevador, ele me prensa contra a parede.

- Se acha muito engraçadinha, não é?- Ele diz ao pé do meu ouvido.- O seu ta guardado.

Sinto todo os fios de meu corpo se arrepiarem. De repente, uma crise de riso me invade. Eu não sabia ao certo do porquê eu estava rindo descontroladamente. Talvez seja porquê Hinata não parecia ser o tipo de cara que era tão dominador assim, ou talvez seja por conta do nervosismo.

Quando o elevador parou no nosso andar, saímos para fora. Ele me acompanha até meu apartamento, esperando eu destrancar a porta. Com apenas um beijo em minha bochecha, ele se despede e vai até o próprio apartamento.

Quando passei pela porta, avistei a figura de Yachi no sofá, ela me olhava atentamente.

- Como foi?- Ela pergunta num tom curioso.

- Foi... divertido, de certo modo.

 divertido, de certo modo

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Crush- Hinata ShoyoOnde histórias criam vida. Descubra agora