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Era véspera de natal, meu coração estava acelerado o dia todo

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Era véspera de natal, meu coração estava acelerado o dia todo. Em alguns minutos meu pai chegaria na casa, e eu seria obrigada a conversar com o mesmo. Meus dedos batiam de modo incessante na mesa, a ansiedade não me deixava parada. Quando o barulho da porta entrou em meus ouvidos, me levantei de forma brusca, encarando o corredor com os olhos atentos. Pude ouvir algum tipo de conversa vinda deles.

- A senhora se sente cansada? Eu posso levar as suas malas.- Peter diz gentil.

- Céus, não sou nenhuma senhora! Sou ainda mais nova que você!- Madelyn diz ofendida.- Mas não irei recusar a sua ajuda.

Eu rio de sua fala, ela não tinha mudado em nada.

- Sua casa é elegante.- Ao ouvir a voz meu corpo gela.

Sinto um arrepio passar por todo meu corpo. Rapidamente desfaço meu sorriso, ficando séria em seguida. Quando sua figura aparece em frente a entrada da cozinha, para bruscamente. O mais velho me encara assustado, um tanto quanto receoso. Apenas dou as costas, seguindo para outro cômodo.

Me jogo no sofá, encarando Leoni e Oliver no chão. Os pequenos conversavam de modo animado, pareciam não ter me percebido chegar. Peguei meu celular, entrando nas redes sociais. Conversei um pouco com Yachi, o que não acontecia a um tempo. Lhe contei as novidades, e ela fez o mesmo. Quando as vozes se aproximaram do cômodo, bloqueei o celular, o jogando em qualquer canto do sofá.

- Espero que o quarto esteja bom.- Minha mãe fala preocupada.

- Não se preocupe, está mais do que ótimo! Aquele cheiro de lavanda deixa o ambiente mais confortável, eu gostei.- Madelyn fala de forma gentil.

As duas pareciam estar se dando muito bem. Enquato os homens ficavam em completo silêncio. Assim que todos entraram na sala, um silêncio constrangedor toma conta do ambiente. Eu desviava meu olhar a todo momento, apenas suspirando cansada.

- Acho que vocês precisam conversar.- A grávida fala, empurrando o homem em minha direção.- Não seja um covarde, você já veio até aqui.

O mais velho abaixa a cabeça. Em um pulo me levanto do sofá, caminhando até o lado de fora da casa. Assim que foi entendido, o homem apareceu ao meu lado. Me sentei no sofá da varanda, encarando a rua de modo atento.

- O que tem pra me dizer?- Finalmente falo.

Ele me encara assustado. Sua boca abria e fechava muitas vezes, parecia não saber o que fazer muito, menos o que falar.

- Me desculpe.- O homem fala em um tom baixo.

- Pelo que, em específico? Acho que o senhor tem muitas desculpas a me dar...

- Me desculpe por não ser um bom pai...

Ficamos em silêncio por um tempo, não sabiamos como reagir.

Crush- Hinata ShoyoOnde histórias criam vida. Descubra agora