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- E como estava?- Pergunto ansiosa.

- Uma delicia! Está de parabéns, [ Nome ]!- Peter diz sorridente.

- Obrigada...- Agradeço timidamente.

Eu levo os pratos até a cozinha, os colocando sobre a pia.

- Você fez um ótimo ensopado.- Minha mãe diz enquato lava os pratos.

- Obrigada, mamãe.

- E como foi seu dia? Produtivo?

- Foi incrível! Eu tirei muitas fotos, além de ter usado roupas maravilhosas! Eu realmente quero trabalhar com esse tipo de coisa.

- Fico contente em te ver feliz dessa forma.- Ela sorri gentilmente.

Passamos os minutos seguintes conversando sobre coisas banais. Ela lavava, eu secava. O clima era agradável e confortável, me sentia como uma cúmplice sua, na qual ela contava todos as suas coisas mais secretas. Ela também me disse como conheceu meu pai, a história era realmente caótica, mas divertida.

- Então, depois tudo aquilo, ele me disse que gostava de mim.

- Não acredito! Papai era realmente louco.

- Talvez seja a forma dele demonstrar que gostava de mim.

- Arrancando todo o seu canteiro de flores? Eu acho que não!

Rimos em uníssono.

- Falando no seu pai...

- O que tem ele?

- Bem... Ele...- Ela parecia procurar as palavras certas, e sua boca se fechava e abria várias vezes.

- O que foi?- Franzo o cenho, lhe encarando curiosa.

- Ele me ligou, [ Nome ].

- C-Como? Quando?

- Hoje de manhã. Tivemos uma longa conversa, colocamos para fora coisas que nos machucavam. Podemos dizer que botamos um ponto final nisso tudo. Ele me desculpou, e eu fiz o mesmo. Também escutei que uma certa garotinha discutiu com ele por minha causa...- Ela me olha com um sorriso irônico.

- Você sabe como ele é!- Digo revirando os olhos.- Não consigo acreditar que aquele homem se desculpou, e logo com você...

- Ele está diferente, eu te prometo.

- Não consigo confiar...

- Eu...sei...- Ela suspira.- Mas ele realmente não é a mesma pessoa de antes... Talvez você possa tentar conversar com ele, sabe? Não precisa perdoa-lo por tudo, mas só conversar.

- Não acredito que está me falando algo assim!- A encaro indignada.- Eu jamais vou perdoar ele!

Ela me olhou assustada, mas rapidamente desviou o olhar, se encolhendo no lugar.

- Está certa, sinto muito. Não sei o que você passou com ele depois que...bem... Então não posso te julgar.

Segurei o choro. Eu queria falar com ele, mas estava receosa, tinha medo dele fingir ser algo e depois me maltratar. Não suportaria viver tudo aquilo novamente.

- Eu chamei ele para passar o natal aqui...- Ela murmura.

- O-O que?- Meus olhos a encaram de maneira perplexa.- Como você ousa fazer algo assim comigo?

- Vocês precisam se resolver!

- Quer saber, vai se foder! Acho que minha maior burrice foi vir pra cá, já percebi que nenhum de vocês dois se importam sobre o que eu penso ou sobre o que eu quero!

Crush- Hinata ShoyoOnde histórias criam vida. Descubra agora