Tortura

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No dia seguinte, Violeta acordou cedo e se arrumou, pois tinha uma reunião com Leônidas. Marcaram na Confeitaria Colombo, e Heloísa a acompanhou. Quando chegou, abriu um sorriso ao ver Eugênio sentado com o irmão, e ele retribuiu assim que a viu.

- Bom dia, senhores! - Falou, olhando apenas para Eugênio. - Como estão?

- Bom dia, Violeta... - Estava em transe - E Heloísa! - Se lembrou que Heloísa também estava presente.

Se sentaram os quatro, Eugênio ao lado de Violeta e Heloísa ao lado de Leônidas. Pediram bolo e café, e rapidamente foram servidos.

- Então, Violeta - Disse Leônidas - A chamei aqui porque tenho novidades. Um de meus homens conseguiram localizar um senhor chamado Abel Fernandes, esse nome lhe é familiar?

Violeta pensou por alguns instantes, e então se lembrou de uma vez ter ouvido seu pai chamar por esse senhor.

- Era um dos homens de papai! Não consigo associar o nome a um rosto, mas se foi ele o responsável por tirar minha filha de mim, sou capaz de reconhecê-lo.

- Violeta, eu me lembro! - Heloísa disse - Ele vivia enfurnado em nossa casa, muitas vezes vi ele conversando com nosso pai no escritório. Na época ele era um homem baixo, gordo, e tinha um bigode também!

- É ele, Heloísa! - Violeta levou a mão ao coração - Foi ele que arrancou minha filha dos meus braços!

Eugênio segurou sua mão.

- Iremos encontrá-lo, Violeta. Eu prometo! - Disse ele.

- Meu funcionário já sabe onde ele mora, está há alguns dias monitorando seus passos e sua rotina. Ele vive em Campos dos Goytacazes, é capataz de uma fazenda cujo dono é um tirano.

- Sem dúvidas é ele, maldito. - Violeta disse.

- Amanhã mesmo partiremos para confrontá-lo, Violeta. - Eugênio disse.

- Nós? - Violeta ficou confusa.

- Te prometi que moveria mundos e fundos para encontrar a Helena, não prometi? Pois bem, cumprirei minha promessa.

Violeta sorriu, emocionada. Queria beijá-lo ali mesmo, mas ainda não podia, então apenas apertou sua mão.

Continuaram conversando durante alguns minutos, quando Heloísa disse:

- Leônidas, pode me acompanhar um momento?

- Claro, minha rosa... - Falou sem perceber, se levantando. Heloísa o fuzilou com o olhar.

Quando estavam sozinhos, Eugênio disse:

- Ainda nem fui e já estou roxo de saudade de você, Violeta...

- Eu mais ainda, Eugênio... - suspirou.

- O que eu mais queria agora era tirar esse seu batom com os meus beijos...

- Eugênio! Se comporte, estamos em público! - Cochichou.

Eugênio pegou sua mão, e discretamente a colocou sobre sua ereção crescente na calça. Violeta sorriu de canto, mordendo o lábio inferior.

- Não me provoque, Eugênio... - Apertou seu membro, arrancando um pequeno gemido do amado. - Shhhh! - Tirou a mão dali, disfarçadamente.

- Tenho uma surpresa para você hoje a noite... 

- Do que se trata? - Perguntou, curiosa.

- Segredo!

- Eugênio, já disse para não me provocar...

- Você não vai se arrepender...

[...]

Ao cair da noite, Eugênio parou o carro em frente a casa de Violeta para buscá-la. Novamente foram para a casa de praia, e abrindo a porta, Eugênio disse:

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