𝗘𝗵𝗮̄

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❝𝖮 𝖺𝗆𝗈𝗋 𝖾́ 𝖼𝗈𝗅𝗈𝖼𝖺𝗋 𝖺𝗌 𝗇𝖾𝖼𝖾𝗌𝗌𝗂𝖽𝖺𝖽𝖾𝗌 𝖽𝖾 𝗈𝗎𝗍𝗋𝖺𝗌 𝗉𝖾𝗌𝗌𝗈𝖺𝗌 𝖺𝗇𝗍𝖾𝗌 𝖽𝖺𝗌 𝗌𝗎𝖺𝗌.❞

Frozen.

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☪ ━ 𝖭𝗈𝖺𝗁'𝗌 𝗉𝗈𝗏'𝗌 ❖

Hoje vai fazer três dias desde que tudo ocorreu.

Nesses dois dias que havia passado, eu sempre inventava uma desculpa para ficar na sala até tarde e dormi no sofá.

Ontem a "minha" esposa percebeu isso e disse que não havia problema nenhum em eu dormi com ela no "nosso" quarto.

Eu falei para ela que estava com medo dela se sentir desconfortável. Ela me disse que era besteira já que ela se lembrava de tudo, inclusive de todas as noites que dormimos juntos.

Eu aceitei dormi com ela ontem, mas botei uma barreira de travesseiros entre nós dois. Ela riu e depois se deitou.

Fiquei com insônia no começo, mas depois de alguns minutos eu consegui dormir.

Acordei no dia seguinte e ela não estava mais na cama. Quando desci as escadas, ela estava fazendo o café da manhã.

— O que está preparando? — pergunto me sentando em uma cadeira de frente para a bancada.

— Uma torrada de pão sem glúten, com geleia de frutas sem açúcar. — diz e eu faço uma careta.

— Isso deve ser horrível.

— Eu não acho. Se for, eu me acostumei com o gosto. — diz e dá de ombros, mordendo um pedaço da torrada logo em seguida.

— Eu vou fazer um café, você pode tomar? — pergunto me levantando.

— Posso. — diz com a boca cheia.

— Tudo bem, vou fazer para nós dois. — falo e pego duas cápsulas de café.

Assim que eu encho as duas xícaras, entrego uma para ela e me encosto na bancada.

— Obrigada. — ela agradece.

— Onde a Sofya está? — pergunto, pois, ainda não tinha visto ela.

— Ah, ela saiu cedo para a casa de uma pessoa. — diz e desvia o olhar.

— Que pessoa? — pergunto com o cenho franzido.

— Ah, uma pessoa aí. — diz e dá um pequeno sorriso.

— Que pessoa? — pergunto novamente e já imagino a resposta.

Que não seja o namorado, que não seja o namorado, que não seja...

— O namorado dela. — responde rapidamente.

Merda!

— Ela só tem quinze anos! — protesto.

— E ele dezesseis. — diz tentando amenizar a situação.

— E daí? Eu nunca namorei com dezesseis anos! — falo e ela olha para baixo.

— Na verdade, você namorou sim. E namorou uma menina de quinze anos. — diz, me fazendo ficar confuso.

— Como assim? Eu não me lembro disso. — falo com o cenho franzido.

— Então, acho bom você se lembrar, porquê talvez eu vá me cansar uma hora. — diz chegando perto de mim.

— Se cansar do quê? — pergunto me encostando cada vez mais na bancada.

𝗙𝗼𝗿𝗴𝗼𝘁𝘁𝗲𝗻|ⁿᵒᵃʳᵗ°Onde histórias criam vida. Descubra agora