A sensação de poder

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Alguns dias se passaram e Barry sumiu, seria uma pena — eu daria glória à Deus — se ele tivesse morrido em algum canto de Angel City. O Ginásio Guizelini voltou ao normal, mas os Guardiões ainda estavam longe e eu decidi ir visitar minha mãe nesta manhã.

O bairro mais recusado de Angel City, onde os criminosos não ligam de matar e cometer qualquer tipo de crime nojento que lhes der na telha. A cratera do diabo virou um centro de convenção para satanistas e ateus, eles fazem o que acham que é de Lúcifer.

Cheguei ao apartamento de minha mãe e bati duas vezes, o porteiro tinha me dito antes que o dia inteiro podem ouvir barulhos vindo daqui. Eu não entendi nada, só dei bom dia e subi as escadas, mas agora eu entendo o motivo.

—Putz, err... Guii, e aí, beleza?— Mestre Zel estava sem camisa e sem jeito, minha mãe correu para o banheiro. —O que você tá fazendo aqui?

—Vocês estão transando?— perguntei passando por Mestre Zel e pelo portal. —É por isso que você está sumido e minha mãe não me responde direito?

—Sabe o que é, né!?— Zel coçou a cabeça, tentando encontrar palavras para poder dar uma desculpa. —Eu sou apaixonado na sua mãe desde sempre e...

—Pensei que ela estava te odiando por ter me dado o sangue demônio anos atrás.— me sentei na cama e descansei as mãos no cobertor que estava melado. —AH, QUE DESGRAÇA.

Corri para poder lavar minha mão na pia da cozinha, para falar a real, ali era um cubículo tipo o Domínio de Mestre Zel. Mas mesmo assim, eles transando é muita novidade para mim.

—Filho, desculpa, é que no meio de uma briga ele acabou me beijando e...— minha mãe saiu do banheiro e suspirou, estava com roupa dessa vez. —Aconteceu.

—Tudo bem, só cuide dela, Mestre.— fiz uma reverência e abracei minha mãe com força. —Só vim para ver como a senhora está, mas já que está super bem, não preciso me preocupar tanto.

. . .

Mais uma vez eu estava perdendo em um treino com Amy, recebi informações que Khione estava expurgando demônios e caçadores de vampiros na costa leste de Angel City — ela sempre odiou os Caçadores de Vampiros e eu nunca entendi o porquê. Perguntei para Amy se ela estaria ocupada está noite, pois queria ver filme com ela no sofá e passar um tempo com ela.

—Só vou se você me levar nas costas.— ela estava deitada no sofá e fazia biquinho. —Por favorzinho, poste.

Dei uma risada baixa e disse para ela subir em minhas costas, aproveitaria aquilo para treinar o meu corpo para suportar peso humano já que eu treinava para suportar peso de objetos pesados. Alternava entre correr e andar, dando risadas junto com a garota até que chegassemos no mercado para comprar algo.

—Chegamos!— avisei a garota que desceu de minhas costas e me deu um beijo.

—Tenho que fazer um trabalho agora e já volto, tá bom?— Amy apontou para a lanchonete do outro lado da rua. —É ali meu trabalho, já volto.

Retribuí o beijo e deixei que a mesma fosse enquanto eu entrava no mercado pegando chocolate, pipoca e suco, meu olho direito começou a pinicar. Respirei fundo pois aquilo me irritava e eu não podia fazer nada em relação aquilo, nem mesmo arrancar ou fazer cirurgia já que não sabiam o motivo dele ser assim.

Eu conseguia olhar para Amy de dentro do mercado, ela estava pegando um pedido e saiu para fazer a entrega que parecia ser ali perto, mas era em um beco meio escuro. Parecia ter uma casa no final do beco, ela entregou e estava para sair de lá, eu só fiquei preocupado pois havia parado um carro preto em frente ao beco antes de ela sair da lanchonete e ninguém saiu do carro.

Inferny e o Começo do InfernoOnde histórias criam vida. Descubra agora