Não fale que é filho de Lúcifer

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Amy

Eu tinha chamado a ambulância para que pudessem socorrê-lo, mas Incel fez questão que Guilherme fosse internado ali até que ele melhorasse. A faca era para matar demônio e Incel disse que pensava que tinha demônios ali em minha casa.

Dei um soco em sua cara e iria bater mais nesse velho desgraçado, mas Sarah me segurou e permitiu que eu o xingasse de tudo o que é nome. Guilherme talvez não pudesse sobreviver, eu fiquei dias ali sem comer e beber algo, apenas fiquei ali e segurava o choro na frente de todas as pessoas.

Ele pensou que aqueles homens fossem me matar, ele lutou para me defender e se ele morrer vai ser por minha culpa... por minha culpa. Eu não estou pronta para perdê-lo, eu apenas queria que meu pai desse as caras para que eu possa desabafar com ele.

Fui enfim pegar um lanche no Hospital G para comer, não iria resistir por mais tempo e Sarah se aproximou de mim para pegar algo para comer também.

—A culpa não é sua por ele estar gravemente ferido, sabe disso, não!?— começou Sarah, pegando dois refrigerantes e pedindo para que eu a acompanhasse. —Ele fez isso por amar você e por quê aqueles homens realmente iriam matar você.

—Como assim? Incel disse que ele se enganou...— me sentei em uma das mesas junto com Sarah que começou a comer seu lanche.

—Incel é o mais mentiroso que existe em Angel City e, para te falar a verdade, quase todos os heróis mentem.— contou Sarah, me olhando. —Incel está sendo ameaçado por ele ter permitido e limpado a ficha sua e do Gui por terem "matado" o Barry.

Aquilo me chocou, foi como um tiro no chão apenas para me assustar.

—O Barry morreu...?— indaguei tentando comer meu lanche, havia perdido a fome que tinha.

—Não, mas ele fingiu que sim para que sua família ameaçasse Incel e que mandassem homens para te matar.— Sarah abriu sua lata de refrigerante e começou a beber. —Sorte que o Guilherme não abaixa a cabeça para ninguém e quer salvar a todos, inclusive a mulher que ele ama.

A mulher que ele ama. Essa frase me deixou feliz por um lado, mas preocupada com a nossa situação e pensando se valia a pena deixá-lo morar comigo depois desse ocorrido. Deixei meu lanche e refrigerante de lado enquanto pensava no que fazer, tamborilando meus dedos na mesa e balançando uma das pernas.

—Você vai ter que mentir se não quer expulsá-lo assim de cara— Sarah pegou em minha mão. —Mas ele vai descobrir e ficar com raiva independentemente se você quer protegê-lo. Entenda que ele não quer proteção e sim proteger!

. . .

Eu ia voltar para casa para que pudesse pegar algo e quando cheguei lá, vi Natasha encarando a poça de sangue em que Guilherme havia desmaiado no dia do incidente. Eu desembanhei minha espada apontando em sua direção, ela se virou para mim com uma expressão séria e se aproximou.

—Foram ordens do Thierry.— Natasha falou em alto e bom som. —Se você não for embora da vida do Guilherme, os outros irmãos dele vão te matar e eu também vou.

—Você vai o quê!?— me aproximei de Natasha, embanhando a minha espada e fechando os punhos. —Thierry sempre maltratou o Guilherme e você traiu ele várias vezes em um dia.

Inferny e o Começo do InfernoOnde histórias criam vida. Descubra agora