Caçador de Heróis

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Tive que deixar a Amy internada, nada de Thraid, somente minha mãe que disse que ficaria ao lado dela e eu agradeci pois teria que ir ver o que estava acontecendo com os heróis. Estavam sendo derrotados facilmente, alguns alejados e outros mortos, algo muito duvidoso pois eles eram um dos mais fortes se não fossem os Guardiões Espaciais.

Não havia rastro de demônio, a floresta estava apenas com sangue dos heróis desmaiados e mortos nesta clareira. Aquilo não me preocupava pois eu sabia que poderia vencer essa ameaça com uma boa luta, eu amaria quebrar e cortar essa coisinha no caminho.

Árvores destruídas, crateras no chão, rachaduras e restos de corpos se espalhavam enquanto eu caminhava pela clareira. Heróis de Raking S, A e Z — essa é a classificação dos Heróis mais fortes sem contar com os Guardiões Espaciais. A maior classificação de herói é o Numero Um — ou Number One — e eu estranho que esses heróis estejam mortos ou derrotados em grave situação.

Ouvi um farfalhar em minha direção, coloquei a mão no cabo de uma de minhas espadas enquanto galhos se quebravam e o vento ficava diferente. Já estava preparado para atacar a figura que vi se aproximando, usava a Máscara Agrietado de Madera preta, com linhas cinzas e passava a sensação de misericórdia.

—Você...— seu traje era todo preto com bordas de obisidiana, luvas pretas como magma e apontou com o dedo indicador para mim. Meu celular começou a tocar.

—Ah, só um momento, deve ser importante!— soltei o cabo da espada e peguei meu celular para atender. —Alô?

—Como ousa me dar as costas, moleque?— senti ele se aproximar de mim.

—Espadachim Azul, é o Incel!— ah, esse velho chato. —Os meus heróis dos melhores Ranking desapareceram nestes últimos dias. Você consegue investigar para mim?

—Para de falar, ô, bizarro.— esse cara de cosplay é um saco. —Não é com você, velhote. E não é querendo te dar notícia ruim para zoar com a tua cara enrugada, mas... heróis de Ranking S, Z e A foram derrotados e outros mortos brutalmente.

—Você só pode estar zoando com a minha cara.— reclamou o cosplay com a sua voz demoníaca, certeza que era aparelho para distorcer a voz. —Eu sou o Demon, o que ficou de pé neste lugar e...

—Amigo, estou falando no telefone, entendeu!?— afastei o celular da orelha para poder falar com esse tal Demon. —Isso é falta de educação, vai brincar de ser demônio em outro lugar.

Me movimentei para a direita quando algo foi jogado com força na minha esquerda, mas Incel estava reclamando no telefone e sua voz parecia ser tensa. Passado um tempo e ouvir instruções do velhote, decidi desligar o telefone enquanto ele dizia que eu deveria tomar cuidado extremo e blábláblá.

Reparei que tudo ao meu redor estava destruído e com pouco de chamas ao redor, fiquei um pouco em dúvida pois a clareira só tinha corpos e algumas árvores caídas e pequenas crateras no chão. Me virei para o tal Demon que estava com o corpo inclinado para frente e tentando controlar a respiração.

—Tem asma?— fiquei curioso. —Deveria usar aquelas bombinhas, sabe? É perigoso demais, cara.

—Vá... se foder.— reclamou Demon, enrijecendo e indireitando o corpo. —Espadachim idiota, você mexeu com o filho de...

—Cacete, irmão, a garota que eu amo está internada e eu tenho mais o que fazer, beleza?— comecei a andar, estava perdendo a paciência. —Eu estou com uma raiva do tipo que deseja acabar com o planeta, então vá brincar de ser filho do capeta em outro lugar.

Ataques explosivos e destrutivos se lançavam em minha direção, mas eu desviava sem revidar com a esperança de que ele fosse desistir e fosse embora. Saí da clareira atravessando uma floresta até chegar a cidade, havia crianças brincando lá e o tal Demon ainda tentava me atacar e me ferir.

Inferny e o Começo do InfernoOnde histórias criam vida. Descubra agora