A vida tem que ser assim

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Eu estava mal e fui procurar Kara, minha prima que sempre esteve lá por mim, não importava o que tinha acontecido. Tia Hope e Tio Scott haviam saído com Cassie para ver sobre sua matrícula na faculdade, eu tinha orgulho da minha priminha de dois anos mais velha que não.

—Sem chances, não vou te vender merda nenhuma!— exclamou Kara enquanto escondia todas as drogas que estavam expostas em seu quarto quadrado e arrumado. —Você não sabe como é passar por um término, mas tem que aprender a superar isso sendo trocado ou não.

—Vai, porra! Minha mãe não vai descobrir.— Kara apenas cerrou os dedos e fez que não com a cabeça ao me ouvir.

—Eu sei que você bebeu, pois tem umas seis garrafas de whisky desfalcando da coleção do Mike.— ela se aproximou e me abraçou. —Você é fraco com essas coisas, vai tomar um banho quente para pensar no que é melhor para você.

. . .

Ela me vendeu no fim e deixou que eu dormisse em seu quarto, estava me perguntando onde que sua namorada estava andando. Eu usei todo o tipo de droga que ela havia me vendido depois de hesitar várias vezes: cocaína, maconha, heroína e LSD.

Eu sei, vou acabar tendo um overdose desse jeito e aquilo me fez querer morrer de verdade, olha a merda do nível que estou por causa de uma garota que não vale absolutamente nada. Tem uma criança de uns 10 anos que chegou em mim — eu a conheço, se chama Loki — e disse que alguém estava procurando por namoro.

Topei em conhecê-la, começamos a ficar e tudo o mais, mas ela teve que partir para uma missão e nunca mais voltou. Nem um sinal de vida. Então toquei para frente e eu ficava muito feliz por cuidar de três crianças como se fossem meus filhos.

Wanda, Silvye e Loki.

Silvye é uma guerreira extraordinária que acredito que terá um bom futuro pela frente, Loki era como o Loki que conhecemos e Wanda usava feitiços — era uma feiticeira. Eu amava cada um deles e apenas Wanda insistia para sair comigo e tomar café toda madrugada às 3h.

Em uma manhã caminhando até uma panificadora, encontro uma garota de cabelos escuros e meio morena, ela era uma menina muito bonito e eu pensei em ajudá-la já que estava chorando, sentada em uma cadeira diante de uma mesinha redondo do lado de fora.

Entrei dentro da panificadora fazendo dois pedidos com salgados e Coca-Cola, entreguei o dinheiro e peguei o meu pedido me esquecendo do troco e me sentei diante da garota.

—Quer um?— perguntei enquanto abria uma latinha de Coca e coloquei um canudo plástico. —Os salgados estão quentes e a Coca está geladinha.

—Não...— ela suspirou e limpou as lágrimas de seu rosto. —Muito obrigada, mas eu nem te conheço.

—Agora conhece, meu nome é Guilherme.— dei um sorriso grande para ela.

—Eu sou Diana...— a garota suspirou novamente e comprimiu os lábios enquanto eu comia a coxinha de frango.

—Me desculpe se estou sendo insensível— comecei a falar enquanto mastigava. —É que te vi aqui chorando e sozinha, fiquei preocupado e vim ver o que aconteceu.

—Eu não quero falar sobre.

Eu pedi para ficar com ela no mesmo dia, mas deixei ela desabafar tudo o que precisava e vi que ela precisava de um ombro amigo que cuidasse dela, acalma-se ela e a abraçasse. Começamos a namorar, mas eu era intenso demais e ela não, parecia que não ligava para mim.

Inferny e o Começo do InfernoOnde histórias criam vida. Descubra agora