Capítulo 24

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Lauren pov's



Seu sorriso.

–Acha que esta gravata está boa? –Perguntou para mim naquela manhã de sexta. Eu o olhei.

–Você não precisa pedir minha opinião. Sabe que fica bem de qualquer jeito.

Cameron sorriu ante minha resposta.

–Mas eu quero ouvir sua opinião mesmo assim.

Sua voz.

–Eu amo você. –Disse enquanto tomávamos café. Eu o olhei por reflexo. –Diz que me ama? –Pediu.

–Eu am.. v... –Murmurei com a boca cheia de bolo, incompreensível. Cameron não se segurou e soltou uma gargalhada gostosa.

Seu abraço...

Puxou-me para o círculo dos seus braços deixando com que os papéis que eu segurava caíssem no chão.

–Cameron!Aqui não! Este é um local de trabalho! –Protestei incapaz de me abaixar para pegar os papéis que deixei cair.

Ele não exercia muita força. Eu poderia me livrar facilmente dele, mas... Simplesmente não conseguia.

...E seu beijo.

Ignorando meus protestos, Cameron puxou-me e me beijou. Eu não gostava desse tipo de comportamento nas dependências da empresa, mas não poderia negar o desejo que pulsava em mim toda vez que ele me tocava. Por isso eu correspondi timidamente ao beijo, apreciando seus lábios, sua língua e seu calor.

Minha mente continuou a vagar relembrando aqueles poucos dias que passaram desde que confessei a Cameron meu amor. Desde então nossa vida tem sido meio cor de rosa. Se antes Cameron já era carinhoso, agora estava carinhoso ao extremo. Eu também estava diferente por que eu não conseguia ser indiferente a ele, não depois de Cameron saber o que sinto. Eu agia um pouco como a antiga Lauren, mas não era ela. Estava tudo bem, porém. Eu gostava dessa Lauren mais comedida, que não se derretia por qualquer coisa, ou pelo menos não procurava demonstrar. Tudo estava perfeito. Estava mesmo? Tinha algo que martelava em minha cabeça. Cameron nunca me disse exatamente por que me tratou tão mal no passado. Das vezes em que eu perguntei, ele se esquivou.

Por quê?

–Lauren? –Cameron me chamou. –Você está aqui no seu quarto? –Perguntou batendo em minha porta.

–Sim, eu estou aqui. –Murmurei olhando para minha imagem no espelho do meu quarto.

–Posso entrar? –Pediu já abrindo a porta. Não reclamei. –O que está fazendo?

Pude ouvir seus passos até mim. Eu estava sentada em uma poltrona em frente ao espelho de corpo inteiro do meu quarto. Em momento algum desviei meus olhos de minha própria imagem, nem mesmo quando Cameron postou-se atrás de mim, inclinou seu corpo e me abraçou por trás.

–E então? O que estava fazendo? –Voltou a perguntar e seus olhos me sondavam.

–Só estava... Pensando. –Só não diria em que. Nós estávamos em um clima bom e se eu revelasse o que estava me deixando pensativa, Cameron perderia a alegria.

–Posso saber em que? Espero que em mim. –Encostou seu queixo em meu ombro e me olhou com diversão, com amor.

Sorri. Ele sempre conseguia me desarmar.

–Espertinho. –Falei tentando soar severa; tudo brincadeira. Levantei-me da poltrona e fui capturada pelos braços de Cameron. Relaxei com o seu abraço e o abracei de volta. Quantos dias haviam passado desde que eu disse que o amava? Foram poucos, uns cinco, mas para mim parecia ser uma eternidade.

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