22.

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-Não acho a Olivia em lugar nenhum no mapa, ela não está no castelo! -A voz de James carregava desespero.

-Aqui mostra que Madeleine está sozinha no dormitório... Quem quer esteja se passando por Olivia, não está dormindo no dormitório dela. -Os olhos de Peter estavam atentos no mapa como um todo, como se o nome de Olivia fosse aparecer magicamente em cima de um ponto de tinta.

-Mas que merda! -Remus gritou enquanto dava um soco em uma das paredes do dormitório. Sirius vendo o desespero do garoto foi até ele para o consolar. -Eu não acredito que deixei a Olivia sozinha, eu não consegui cuidar dela! É tudo culpa minha!

-Calma, Remus, não é culpa sua. Nós vamos encontrá-la, eu prometo. Vamos continuar nossa procura amanhã, tudo bem? -Sirius abraçou o garoto que tentava controlar o desespero.

James estava sentado em sua cama totalmente incrédulo com o que tinha acontecido. Não queria imaginar que a sua Olivia estava em perigo e que ele não pôde fazer nada para protegê-la. Ele queria ir até o dormitório da garota e esperar a pessoa que se passava por ela chegar, mas foi impedido por Peter.

-Se desconfiarem que nós já sabemos, podem fazer mal a ela. Acho melhor mantermos a discrição por enquanto, para não oferecermos mais risco à Olivia.

-Tem razão, Peter. Vamos aguardar até amanhã.

Remus e James passaram a noite em claro observando cuidadosamente o mapa, primeiro teriam que descobrir quem estava se passando por Olivia, depois iriam agir. A dor de não saber onde a garota estava era quase palpável nos amigos. Remus queria conseguir se comunicar por telepatia com a melhor amiga, queria poder estar no lugar dela, desejou que ela não estivesse sofrendo, mas sabia que seu desejo era irreal, pois o aperto que sentia no peito insinuava o contrário.

James, por sua vez, pensava em um milhão de coisas ao mesmo tempo, e ainda precisava praticar o autocontrole para não agir impulsivamente e prejudicar a garota. Logo ele, sempre otimista, temia nunca mais ver Olivia, temia nunca mais sentir o seu abraço ou o seu cheiro e, pior, temia não poder dizer à garota o quanto a ama.

No outro dia, Olivia não apareceu nas aulas, o que causou ainda mais preocupação nos marotos. Eles não haviam contado a mais ninguém sobre o que estava acontecendo, não queriam criar alarde, pois tinham medo de que isso pudesse causar algum dano à Olivia. Mas a ausência da garota, logo no primeiro dia de aulas, despertou a curiosidade nas amigas da garota.

-Cadê a Ollie? Pensei que ela tivesse dormido com vocês, já que não a vi chegar ontem...

-Ela dormiu, mas não acordou muito bem. Está descansando. -Remus assentiu.

-James, vocês está bem?

-Hã? Ah, estou sim, Lily. -O garoto forçou um sorriso simpático antes de abraçar a garota.

-Acho que nós precisamos conversar, não acha? Sobre nós... -Lily falou baixo o suficiente para que somente James a ouvisse.

-Precisamos?

-James, já tem um tempo que você age estranho comigo, estou tentando relevar isso, mas não estou mais conseguindo. O que aconteceu?

-Lily, eu prometo que nós vamos conversar sobre o que você quiser, mas hoje eu não consigo. Vou te explicar tudo, mas hoje eu não tenho condições para conversar. -Lily pensou em repreender Potter e o fazer conversar com ela naquele minuto, mas alguma coisa, talvez sua intuição, lhe dizia que aquela não era a melhor hora.

Enquanto isso, Olivia despertava da pior noite que já vivera em toda a sua vida. Até o movimento que eu corpo fazia quando ela respirava lhe causava dor, ela sentia que uma simples brisa seria o suficiente para arremessá-la. Quando, finalmente, conseguiu abrir os olhos, não conseguiu identificar quem estava à sua frente. A pessoa usava uma máscara e uma capa preta enorme, mas Olivia quis sorrir por ter achado tudo aquilo muito ridículo.

Dois enganados - James PotterOnde histórias criam vida. Descubra agora