CAPÍTULO 6

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Atendendo a (muitos) pedidos.......

*

Era a primeira vez de Tay dormindo na casa de Vegas. Ele sabia dos problemas do garoto com o pai e sabia também que era filho único, então, era simples: devia evitar falar com o homem e se manter perto do namorado.

Foi fácil no começo até que Vegas adormeceu e Tay ficou com sede.

Ele então desceu as escadas para ir até a cozinha e encontrou o sogro tocando piano na sala de estar, não teve coragem de voltar ou simplesmente seguir seu caminho; Kun não parecia tão terrivel, então, o cumprimentou. O cumprimento se tornou uma apresentação, que se tornou uma conversa em que foi oferecido um drink.

No começo, Tay decidiu permanecer ali para tentar entender o porquê do namorado não se dar bem com o pai mas, em algum momento, passou a gostar da presença do homem. O drink resultou num tocar de dedos e logo depois em um beijo quente que foi correspondido a altura.

As mãos grandes de Kun tomaram as coxas do garoto o sentando sobre o piano, o ambiente estava escuro, a pouca iluminação presente era a da luz da lua através das longas e transparentes cortinas brancas. Não demorou muito até aquelas mesmas mãos despirem o corpo de Tay e logo depois o prepararem para recebê-lo.

Quando Tay se deu por conta, já estava de bruços sobre a madeira brilhante e polida do piano com o homem logo atras se enfiando em seu corpo. Ele só conseguia ficar ansioso por aquilo enquanto clamava aos céus que não deixassem Vegas acordar naquele momento; 

Os olhos de Tay se abrem diante da claridade no quarto, ele pisca algumas vezes para se adaptar aquilo enquanto as lembranças da noite anterior retornavam a sua mente. Ao olhar para o lado ele encontra a imagem de Kun dormindo tranquilamente com o braço em torno de sua cintura, seu semblante era tranquilo. As marcas de seus chupões e mordidas ainda estavam por todo o peito e abdômen do mesmo, se lembrava perfeitamente da boca aberta de Kun enquanto gemia e segurava em seus cabelos.

Odiava o fato de se sentir tão bem com Kun e no fundo culpava Vegas por isso.

O culpava, pois, mesmo que estivessem sempre juntos ele nunca estava cem por cento ali, na maioria das vezes estava com a cabeça distante ou dando atenção aos amigos invés do noivo. Noivo... Tay sequer sabia como tinham chegado aquilo sendo que eram tão distantes.
Ele não sabia se o amava, nunca havia amado ninguém. Não fazia ideia de como era ou de como deveria se sentir.

*

—  Por que está parecendo um panda? — É a primeira coisa que Porsche diz quando Pete abre a porta. O dono da casa bufa e adentra novamente a residência desfazendo o pequeno coque que segurava seus cabelos no topo da cabeça. 

— Venice não dormiu muito bem noite passada — Pete explica. Ele e Vegas estavam com o garotinho há quase uma semana e nos últimos dois dias o bebê estava acordando várias vezes no meio da noite graças aos malditos trovões.

— Porque ele é medroso que nem você — Vegas diz ao descer as escadas com Venice nos braços, Porsche joga o casaco em Pete e corre para pegar o (como ele chamava) sobrinho.

Ele estava indo até lá literalmente todos os dias para ver o garoto, sempre levava doces ou brinquedos para o mesmo. Vegas tinha um pouco de ciúmes mas era contido por Pete.
Venice havia se adaptado bem a casa temporária, não passava mais tanto tempo chorando e estava mais próximo de Vegas — mesmo que parecesse preferir Pete.

— Sei que vocês dois estão adorando brincar de casinha com meu sobrinho mas quero sequestrar ele um pouquinho hoje — Porsche diz olhando para a dupla enquanto balançava levemente o bebê de um lado para o outro. Pete o olha com uma das sobrancelhas arqueadas e então ele continua — Kinn também vai, sabe que ele é responsável. 

DEAR EX-HUSBAND || VEGASPETE (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora