DEAR EX-HUSBAND || VEGASPETE (EM REVISÃO)

CAPÍTULO 10 - FINAL

Ao ouvir aquilo Pete sente todo seu corpo gelar, a sensação de medo e o desespero de perder seu garotinho novamente estavam presentes em cada maldito poro. Seu olhar sai da mulher a sua frente e vai em direção a Tay, que estava na sala observando a cena com curiosidade.

— Você — ele diz entredentes e se aproxima do garoto em passos pesados, Tay o olha sem entender e antes que tenha tempo de o questionar recebe um soco forte contra a bochecha que o derruba no chão. 

— Senhor Pete — A mulher exclama alto e rapidamente se prontifica a ajudar o garoto atingido a se levantar — Acha que esse tipo de ambiente hostil é saudável para uma criança? 

Pete trava o maxilar e suspira pesado tentando repor o ar que evaporava de seus pulmões a cada batida de seu coração, seus olhos vão até a escada ao ouvir os passos de Vegas, ao olhar, o encontra estático com o olhar dividido entre si e o garoto próximo da assistente social.

— O que você fez? — o mais velho pergunta ao que desce o restante dos degraus, sua mão cobria gentilmente os olhos curiosos de Venice. 

— O que eu fiz? O que ele fez — Pete se defende apontando para Tay que nega com a cabeça.

— Eu não fiz nada — o garoto de cabelos platinados diz passando a mão no sangue que escorria de seus lábios — Eu juro, Vegas.

— Você acredita nele ou em mim? 

Vegas olha para o marido e logo depois para o ex-noivo em seguida nega com a cabeça, ele conhecia Tay. Sabia quando ele estava mentindo e essa certamente não era uma daquelas vezes. Também conhecia Pete, sabia o quão impulsivo o garoto podia ser;

— Isso não é importante agora — Ele responde e se volta a mulher — O que aconteceu?

— Recebemos uma denúncia que supostamente você e o Senhor Pete fingiram estar juntos durante o processo de divórcio e que hoje pela manhã ele fugiu com o bebê para não o entregar — A mulher explica com calma e formalidade, Vegas respira fundo e olha para o filho. 

— Nos apegamos a ele mais do que o planejado assim como ele se apegou a gente. Como fazemos pra adotá-lo legalmente? — Vegas disserta. Ele e Pete ainda não haviam conversado sobre aquilo, mas julgando pelo sequestro/fuga era nítida a vontade do garoto sobre aquilo.

— Seu marido, se é que são mesmo casados, acabou de agredir uma pessoa na minha frente. Não acho que ainda possam o adotar.

Vegas respira fundo e novamente olha para o marido sinalizando com a cabeça para que o mesmo subisse, com o maxilar travado e os olhos lacrimejados, Pete assente minimamente e sobe as escadas para arrumar as coisas para que a mulher levasse Venice. 

Não havia mais o que fazer.

— Aceita um café? — Vegas pergunta a mulher que assente em resposta, com isso, ele segue junto de Tay e da mesma até a cozinha.

Lá, ele coloca seu garotinho na cadeira de alimentação e logo depois de preparar a cafeteira enrola alguns cubos de gelo em um pano de prato para que Tay pusesse em sua ferida;
Com uma faca e uma maçã em mãos, ele se encosta a mesa e passa a descascar a fruta para seu filho;

— Sabe, doutora, eu não tenho uma boa relação com o meu pai — Vegas diz, seu tom era calmo e seu semblante sereno. Conhecendo Vegas como Tay conhecia, sabia que havia algo estranho — E isso começou no meu último ano na escola. Eu sou filho único, sabe? Sempre fomos só nós dois então ele costumava cuidar muito de mim. 

— Ah, é? E Por que não têm uma boa relação? — ela pergunta curiosa.

— Tem filhos, doutora? — Ele pergunta e a moça assente em resposta — Isso é ótimo. Eu acho que um senso entre os pais é fazer qualquer coisa pra proteger seus filhos, não é? Aposto que faria qualquer coisa para proteger os seus, bom, meu pai faria. Ele fez — Vegas entrega a fruta descascada a Venice e logo depois busca os olhos da assistente social, a faca ainda estava em sua mão sobre a madeira da mesa — Ele foi na minha formatura do colegial e pegou um professor tentando me molestar e, bom... ele fez o que foi preciso.