cap 8

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Ulisses

Aquela vagabunda me fez de idiota e eu cai igual um patinho na dela, eu me esqueci completamente que ela estava viajando e ao invés dela me falar, resolveu me fazer de trouxa.

Ela chegou tem algumas horas e eu estou pensando em um monte de punições pra aquela vadia, mas parece que os problemas de Domenico não param de crescer, toda hora acontece alguma coisa que inferno.

Agora eu estou dentro de um galpão que segundo ele, ele não fala menor ideia de quem seria, já que não era dele.

- você não passa de um idiota mesmo, como assim não sabia que essa merda era sua.

- eu sei exatamente quantos galpoes eu tenho e onde cada um deles ficam, esse galpão nunca foi meu.

- pois parabéns agora você tem mais esse, por que segundo a papelada, você é dono a mais de dez anos. Nunca passou pela porra da sua cabeça que isso poderia acontecer ?

- como eu iria imaginar que esse cara iria simplesmente fazer uma papelada falsa, colocar no meu nome e fazer o que ele fez aqui ?

O galpão nada mais é que um local de desova, tem corpos e ossos por todos os lados, o cheiro desse lugar é péssimo.

- queimem tudo.

Me viro e ando até meu carro, escuto o barulho dos passos de Domenico atrás de mim.

- só isso? Você não vai fazer nada ?

- você deveria tá juntos com aqueles corpos, mas não, está aqui bem na minha frente fazendo essa pergunta idiota, você quer que eu faça o que ? Deixe os corpos aí até alguém aparecer e chamar a polícia?

- fala direito comigo, não deixei de ser seu pai.

- grandes bosta, nunca fez seu papel de pai e agora quer, vai se fuder Domenico.

Entro no carro e vejo ele parado do lado de fora, ligo o carro e saio de lá. Os problemas dele estão me atrapalhando, esse joguinho vai acabar, já estou cansado de brincar de gato e rato.

(...)

- quero todos você pesquisando sobre o galpão, quero saber quem está por trás disso o mais rápido possível.

- mas não temos nada, o galpão tá com a documentação no nome do Domenico a muito tempo e quem quer que tenha sido o dono antes, já deve ter morrido.

- eu quero você indo até o inferno atrás dessa pessoa, não me importa quantos anos tem, ache!

Me viro e começo a ir pra fora, esse lugar só vive escuro, a única claridade e  a luz dos computadores, isso me irrita, pensar que uma pessoa vive aqui horas, as vezes até dias, sem pegar um sol, me intriga, não que eu pegue sol o tempo todo, mas esse cara prefere ficar aqui dentro por dias do que sair.

Preciso agora ir pra outro lugar, depois que saí do galpão fui resolver meus problemas, que já não são poucos, mas agora vou ter que voltar na casa do Domenico, algumas informações que não deveriam está saindo de lá, estão saindo e eu quero saber se existe a possibilidade de ter um infiltrado.

Tenho certeza de que aquele imbecil não verifica os seus soldados e é bem provável que tenha entrado alguns.

Espero os seguranças abrirem o portão, segundos depois estou movendo o carro até a entrada da mansão de Domenico, entrei na mansão e fui direto para o escritório, não quero perder muito tempo aqui.

- o que faz aqui Ulisses, achei que não veria você tão cedo.

- eu quero que vocês saiam daqui.

Olhei para os dois seguranças que estavam em pé dentro do escritório, os dois me olham e depois de se olharem ficam olhando para Domenico na espera de uma resposta.

- saiam!

- quando foi a última vez que você conferiu seus soldados ?

- como?

- eu não esperava menos de você! É provável que você tenha um infiltrado aqui, por isso as suas coisas estão sendo descobertas.

- eu já pensei nisso e mandei um dos meus homens de confiança ver isso, até agora está tudo normal, e sim já pensei na possibilidade dos que estão aqui ter sido corrompido, mas fiz uma busca e não, estão limpos, nenhuma alteração suspeita nem nada, chegaram alguns novos do treinamento, estão no portão por enquanto.

- bom, pelo menos nisso você pensou.

- câmeras foram instaladas e infelizmente achamos algumas coisas.

- pera aí, você só instalou câmeras nessa casa depois dessa merda toda acontecer ?

- não, eu só tinha câmeras do lado de fora, e no raio de um quilômetro da casa, agora coloquei aqui dentro, só que eu não verificava isso, recentemente fui olhar, achei dois corpos escondido atrás de uma moita.

- sabe Domenico, você já foi bom em muita coisa, mas nisso você tá sendo péssimo, nunca vi alguém tão negligente com a segurança da própria casa.

- você veio aqui pra que ? Fica me dando sermão e me ensinando o que eu te ensinei ?

- dizem que se aprende muito mais ensinando, no seu caso foi ao contrário.

- se não tiver mais nada a dizer, sai, não tô afim de ver a sua cara.

- uau, agora sim, agora temos um progresso, deu pra ver nas câmeras quem foi que matou?

- sim, logo após o homem sai e entra na casa, não fica muito tempo, uns quinze minutos, depois ele sai pelas portas do fundo e entra na mata.

- entendi, consegue me dá uma descrição.

- aqui.

Ele me entraga um dossiê com fotos e relatório do dia, ninguém percebeu a presença do homem na casa, e não viram nada suspeito que prove a presença dele na casa.

- pela rapidez ele não conseguiu fazer muito coisa, você sai mas volta logo em seguida e depois de um tempo sai novamente, se ele fosse tentar algo não conseguiria, a casa estava com uma quatidade grande de homens. Foi facil para se infiltrar, mas para fazer algo ele precisaria de mais tempo.

- sim, mandei vasculhar os quartos, mas nada foi encontrado, aqui no escritório foi encontrado essa câmera, já mandei pra análise e ver de onde ela veio, mas não encontramos nada.

- talvez ele tenha tentado colocar, mas não deu certo.

- também acho.

- continue de olho, quero encontrar esse cara logo.

Sai de lá e fui direto pra casa, preciso descansar agora.




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