Mordida

200 55 602
                                    

-Irmão por favor pare - disse Beatrice - Você vai matar ela se continuar sugando o sangue dela. 

Então Dario solta o pescoço de Maria e a mesma cai no chão muito fraca. A quantidade que Dario tinha tirado da escrava era enorme. 

-É só uma escrava - disse Dario, limpando a sua boca que estava com sangue - Tome um pouco de sangue, minha irmã. Sei que você está com fome, ninguém está vendo.

-Eu vou fazer algo sensato diferente de você - respondeu Beatrice. A loira se senta perto da escrava, mesma morde o seu próprio pulso, então a mesma coloca o pulso perto da boca de Maria - Aqui beba um pouco.

Beatrice ajeita o corpo fraco de Maria para que ela bebesse o sangue de Beatrice. Maria, mesmo fraca, conseguiu beber um pouco de sangue.

-Eu não vou machucar um humano sem a autorização dele - disse Beatrice.

-Somos vampiros, Beatrice - respondeu Dario - Não precisamos de autorização para humanos imprestáveis para beber o sangue.

-Não estamos na Romênia, Dario - contestou Beatrice - Nosso pai pode ter nos ensinado as habilidades de vampíricas, mas podemos ser diferentes dele.

Enquanto isso, Maria já estava acordando e então a mesma se afasta de Beatrice.

-O que vocês são? - questionou Maria - Quem são vocês? De onde vieram?

-Por favor, fique calma querida - disse Beatrice, se aproximando da Maria - Eu não vou fazer nada mais.

Maria então aponta para Dario, que estava ainda sujo de sangue.

-Ele é um monstro - disse Maria, com muito medo em sua voz.

-Não, ele não é um monstro - respondeu Beatrice, a mesma pega na mão de Maria como uma forma de conformar Maria - Por favor, preste atenção no que eu vou dizer. Foi um animal feroz que te machucou, Dario e eu te achamos e nós curamos você.

Beatrice pega um lenço branco para cobrir o ferimento de mordida que estava menos pior do que Dario havia deixado.

-Um animal feroz? - perguntou Maria, ainda com medo em sua voz - E vocês vieram me salvar?

-Sim -  disse Beatrice, com um sorriso gentil no seu rosto. Então Beatrice vai até a carruagem e pega uma cesta de pães e doces e dá para Maria - Aqui, pegue e dê para os seus companheiros. Vocês deram muito de si para fazer um delicioso almoço. 

Então Maria se levanta e pega cesta de pães e doces das mãos de Beatrice.

-Muito obrigado - disse Maria, que vai para os fundos da casa, a mesma se vira e acena para os dois e Beatrice retribui o aceno.

 -Por que você tem tanta empatia pelos humanos, Beatrice? - perguntou Dario - Nós somos caçadores e eles são presas.

-De nada Dario por te salvado de um possível linchamento, onde eles enfiam uma estaca no seu coração e deixam o seu corpo na luz do sol e queimando. - respondeu Beatrice, mantendo o sorriso no seu rosto. - Vamos para a casa, Aisha deve estar preocupada com a gente.

∴ ════ ∴ ❈ ∴ ════ ∴ 

Já estava anoitecendo, os escravos já estavam a caminho da senzala, Dominique e Antônio já estavam entrando na senzala quando aparece Maria, segurando a cesta de pães e doces. 

-Pessoal olhem o que eu ganhei - disse Maria, com um sorriso no seu rosto.

-Por Deus Maria, onde você conseguiu isso? - perguntou Dominique. 

-E por que você está com um lenço no pescoço? - Antônio complementou a pergunta. 

-Eu ganhei das visitas que vieram para o almoço - respondeu Maria, ainda com um sorriso no seeu rosto.

-Tá, mas isso ainda não justifica esse lenço amarrado no seu pescoço. 



O Beijo da Noite (Filhos da Noite)Onde histórias criam vida. Descubra agora