O dia estava entardecendo, já era 5 da tarde e os escravos estavam terminando os seus serviços e já indo para a Senzala. Mas Antônio queria saber o motivo de Dominique desaparecer a noite passada inteira e voltar, provavelmente, na manhã seguinte como se nada tivesse acontecendo.
-Dominique precisamos conversar. Agora - disse Antônio segurando a mão de Dominique, o impedindo de ir para onde ele quer que fosse.
-O que aconteceu Antônio? - perguntou Dominique. - Você tá bravo?
-Eu? Bravo? - ironizou Antônio - Não meu caro amigo, eu não estou bravo. Eu só gostaria de saber onde você estava, caralho?
-Eu não posso falar sobre isso, pelo seu bem e de Maria - respondeu Dominique, soltando sua mão de Antônio.
-Não existe pelo meu bem ou pelo bem de Maria, porra - disse Antônio bravo. Antônio só queria saber a verdade - Onde você estava, você some de noite e eu me preocupo com você, saio de noite com risco de ser pego e não estar aqui hoje e você me fala que não pode falar!? Eu gostaria de saber em que mundo você está nesse momento, Dominique?
-Eu entendo a sua raiva Antônio - respondeu Dominique - Mas se eu te contar, você vai querer me matar.
-Eu vou te matar se você não me contar o que diabos está acontecendo com você, em nome de Exu - comentou Antônio ainda com a raiva consumindo. - Por que você não pode contar? Você me conta todos os seus segredos mais profundos e agora não quer me contar? Por acaso você cometeu um crime? O que você fez e que não pode me contar?
Dominique olha profundamente nos olhos de Antônio, a amizade dos dois era muito forte mesmo que eles se conheceram a 6 meses atrás.
-Eu infelizmente não posso lhe contar mesmo Antônio - respondeu Dominique. - É algo que ninguém pode saber, não posso lhe contar.
Antônio respirou fundo, ele sabia que algo estava errado mas nada poderia ser feito, mas a teimosia de Antônio era muito maior. Caso Dominique resolvesse sair na noite novamente, ele ia o seguir a novamente, não o ia perder de vista.
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No dia seguinte, tudo parecia normal na lavoura, mas na Casa Grande nada estava normal. O Senhor Francisco Costa estava desesperado sobre o caso de mais um corpo de mais um guarda havia sido encontrado.
-Logo mais vai ser um nobre que vai ser encontrado morto - comentou um senhor que tinha 40 anos. - Por que esse demônio não ataca um maldito escravo?
-Se começar assim, os escravos vão querer armar uma revolução. Precisamos impedir isso - comentou um outro senhor porém mais novo que o primeiro.
Logo o silêncio toma conta na sala de visita, mas logo o Senhor Costa obteve uma ideia que poderia ser útil.
-Tive uma ideia - disse o Senhor Costa - Se a guarda real da Coroa não conseguir resolver esse problema, nós vamos resolver esse problema.
-Como? - questionou o primeiro senhor.
-A Criação de uma ordem com outros nobres - respondeu o Senhor Costa - Como uma sociedade secreta.
-Entendi - respondeu o segundo nobre - Como na Idade Média. Eu estou dentro.
-Eu também - disse o primeiro nobre - E iremos convidar todos os nobres daqui para participar dessa sociedade.
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Romênia, 1857. 15 de Abril , 22:14 da noite
Dimitrius estava sentado e pensando, ao lado direito havia uma mesa pequena que continha uma taça de sangue e um jornal e no lado esquerdo havia um candelabro.
O vampiro que aparentemente havia 50 anos, claramente estava com raiva. Dimitrius é um vampiro que facilmente se irritava.
-Mestre Dimitrius - disse um jovem que tinha 18 anos - Está tudo bem?
Logo, então Dimitrius se levanta irritado e derruba a mesa que continha a taça e o jornal fica manchado de sangue.
-Maldito Alexander! - gritou Dimitrius - Se eu te achar, eu vou arrancar o seu coração e colocar fogo nele.
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O Beijo da Noite (Filhos da Noite)
Roman d'amourNuma época Brasil era uma colônia ligada a Coroa Portuguesa, todos viviam suas vidas normais na aldeia de Campinas, no Estado de São Paulo Mas tudo muda quando dois irmãos italianos chegam em Campinas e mudam tudo, principalmente a vida de um jove...