proie de lune • starchaser

patas de realidade pisando em noites místicas

O cervo vaga pela floresta escura
Seus cascos batendo contra as raízes fortes
Olhos treinados para não temer a penumbra
E se guiar apenas pela luz da lua

As estrelas estão presentes também
Sendo reconfortante por não estar sozinho na escuridão
Talhando o céu negro com seu brilho
Como as bruxas fazem com seus feitiços de cordão

Os caçadores pensam que a floresta morre ao pôr do sol
O cervo tinha pena deles por não ver a magia
Guiada para os sábios pelo rouxinol
E não dividia por aqueles que conhecem a arcaica bruxaria

O vento o guia até a última clareira
Onde seu corpo deita na grama
E seus chifres retornam a leveza verdadeira
Solitário
Ele olha para o céu, para a estrela específica
Aceitando que ela o ama
Como ele mesmo a amou antes a deixar sozinha
Para se aventurar com a estrela feita de fama

Afinal, a noite não era feita para presas.