A verdade velada

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Os olhos verdes redondos e brilhantes estavam andando pela cidade, sua atividade favorita era ajudar os moradores da vila, conhecia todos, desde os mais velhos aos mais novos, mesmo que sempre acabava em confusão pelos feitos era oque ela gostava. Alguns cidadãos não gostavam dela, mas nunca se importou, não fazia sentido se importar.

- tama-chan me ajude... preciso diga a meu filho que eu o amo e diga a ele para não se preocupar - a mulher pediu para a garota, o fato da senhora estar melhor depois da grave doença que teve era impressionante

- ah senhora makoto... vocês moram na mesma casa... não seria mais fácil você mesmo dizer ? - ela perguntou retoricamente, não estranhou o pedido, era recorrente esse tipo de situação.

Ela era uma menina de recados, a maioria das coisas que fazia era passar lembretes, declarações e avisos para o pessoal do vilarejo.

- não querida, por favor - a mulher a pediu, a pequena correu para a tenda do filho da senhora

- huh - ela aproveitou para ir a praça da vila, todos os adultos a olhavam estranho.

Seria o fato de seus cabelos serem acinzentados puxados para o branco ? ou seus olhos que pareciam esmeraldas ?, já chegou a se perguntar se não era o fato de não ter um pai...

Sua mãe a tevê jovem e o futuro esposo não assumiu a própria criança a acusando de traição.

A mais velha pegou as coisas e fugiu para outra vila, mas as notícias correm e a distância curta que a grávida conseguiu percorrer,não foi o bastante para que os rumores não chegassem. A mãe, riko, era doce como a filha e não sabia dizer negar os pedidos de reparo das roupas dos moradores.

Chegando a tenda, o homem que procurava se assustou por sua aparição repentina, mas parecia tão exagerado o fato dele ter caído para trás e ter gritado ao vê-la, a garota apenas sorriu ao se aproximar do homem apavorado, seus olhos estreitaram de medo e repulsa, a garota tentou ser suave ao falar com ele.

- não se preocupe, senhora makoto me mandou te dizer que ela está bem - antes que ela pudesse perceber que o homem já tinha pegado algo para a ameaçar.

- monstro !! o'que fez com minha mãe ? - ele gritou, a garota apenas fugiu dali, não sabia o por que das reações serem, sempre negativas daquela forma.

A menina animou um pouco para encontrar o morador que mais a agraciava, o homem velho era o antigo dono do vilarejo, basicamente ele tinha um pedaço grande de terra, abriu para que as pessoas pudessem morar e comercializar dentro do lugar e com isso apenas o valor baixo do imposto era cobrado ou até mesmo nem era cobrado para algumas pessoas.

- bom dia senhor kuri como está ? - ela o cumprimentou como sempre recebendo olhares estranhos e murmúrios das pessoas ao seu redor

- estou bem jovem, preciso que faça algo para mim - a menina ficou atenta, era a primeira vez que ele pedia algo para a mesma - preciso que cobre o padre de sua divida comigo - o humor da garota claramente caiu, se tinha alguém que a odiá se com toda certeza do mundo seria o padre.

O homem não gostava da albina desde o momento de seu nascimento, tentou expulsar sua mãe da vila de todas as maneiras, mas não conseguiu graças ao próprio kuri e aos seus filhos.

- certo, mas já vou avisando, ele não gosta de mim é capaz até mesmo jogar água benta no meu rosto e me chutar da igreja - reclamando um pouco sobre o comportamento do religioso

- apenas diga-o que " eu vou esperá-lo do outro lado e que eu sei oque ele fez" - a frase saiu com raiva, era claramente uma ameaça

- certo...- ela apenas saiu para a igreja, não querendo saber o contexto da possível ameaça

Olhos para o além - Kimetsu No YaibaOnde histórias criam vida. Descubra agora