s e t e n t a e q u a t r o

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- Autora Narrando -

Já estava tudo escuro e um silêncio absoluto, a única coisa que se ouvia eram as batidas do coração de Lavínia e alguns grilos.

Lavínia corre perdida pela floresta, mas a sua barriga a impede de ir muito longe, afinal estava prestes a parir.

Sem outra escolha ela se esconde atrás de uma árvore gigante, quem a perseguia?

Bom, ele a perseguia.

O serial killer.

O cara que já tinha matado Alex, Alice, Leonora e por último Ethan.

Matou na frente de Lavínia e por um segundo de fração, Lavínia conseguiu lhe golpear e fugir.

Mas, fugir para onde?

Lavínia estava em um lugar que mal sabia o nome, estava escuro, havia árvores enormes e pra completar começou a chover.

Lavínia coloca sua mão esquerda em sua barriga, pois parece que as meninas estão jogando um futebol e isso faz com que Lavínia sinta dor.

Ela morde seus lábios para não gritar e escuta passos.

Lavínia se encolhe naquela árvore imensa e reza para que ele não a encontre.

Ela precisava lutar, precisava sobreviver e dar uma chance para as filhas.

Ela rezou, rezou muito.... Mas parecia que Deus estava ocupado na hora.

Ele a encontra e se agacha em sua frente.

Ela com muito medo chora pedindo para que ele não a machuque.

- Não, por favor. Pelo menos deixa minhas filhas nascerem e depois pode fazer o que quiser comigo. - Lavínia suplica com a fala totalmente embolada por conta de seus soluços.

- Não tenha medo, princesinha. Isso tudo já vai acabar. - A voz que tanto a amedronta surge e Lavínia utilizando o mínimo de coragem que ainda lhe restava, ela olha pra cima.

- Por que você está fazendo isso, Paul? Por que? Eu nunca te fiz nada! - Lavínia grita na cara do tal serial killer, Paul.

- Eu tentei chamar sua atenção no primeiro dia e você sequer me olhou. - Ele diz apertando o rosto de Lavínia. - O apresentador zombou de mim e todos riram. TODOS! Menos você, então eu me apaixonei. Você tinha que ficar comigo e não com Ethan! Aquele inútil! - Paul fala com raiva e ódio naquilo que ele chamava de coração.

- Não me mata por favor, não me mata. - Lavínia suplica e Paul a encara soltando seu rosto.

Por um segundo o alívio atinge Lavínia, mas no outro segundo Lavínia é golpeada com uma facada em sua barriga.

Lavínia abre sua boca, mas não consegue dizer nada.

- É tarde demais, eu preciso terminar o que comecei! - Paul diz e lhe distribui mais três facadas em sua barriga.

As meninas param de mexer, elas já estavam mortas. Uma última lágrima cai dos olhos de Lavínia e enquanto sua mente grita "NÃO, MINHAS FILHAS NÃO, NÃO, POR FAVOR", seus olhos decidem não a obedecer e logo tudo se apaga.

- Lavínia Narrando -

- NÃO, MINHAS FILHAS, NÃO POR FAVOR, MINHAS FILHAS, MINHAS MENINAS! - Grito mas nada sai na minha boca.

- LAVÍNIA, ACORDA, VOCE PRECISA ACORDAR! - Acordo com a mão no peito, os olhos cheios de lágrimas e totalmente ofegante. - Amor, olha pra mim. Eu tô aqui, ei tá tudo bem. - Ethan me puxa para um abraço e eu choro de alívio.

Foi tudo um pesadelo. O pior pesadelo do mundo.

- Eu vi você morrer na minha frente, aliás eu vi todos morrerem. - Falo ainda chorando. - As minhas filhas, as facadas, tudo parecia tão real. - Sinto Ethan me apertar mais em seus braços e eu levo as mãos para minha barriga que já tem um volume pois estou no quinto mês.

- Mas não é. Eu tô aqui, está tudo bem. Ninguém vai te fazer mal, eu tô aqui. - Ethan diz e beija minha cabeça. - Lavínia?

- Era tudo tão real... Ele estava lá... - Falo ainda chorando.

Ethan me coloca de frente pra ele e enxuga minhas lágrimas.

- Amor, quem estava lá? Eu preciso saber quem você viu. - Ele diz me encarando. - Você lembra quem estava lá?

Ele me pergunta e todo o pesadelo me atinge novamente.

- O Paul. Ele é o serial killer. - Falo e Ethan apenas me encara em silêncio.

- Autora Narrando -

Por mais que fosse apenas um pesadelo, isso tudo estava muito perto de se tornar realidade.

Pois ele, o serial killer, estava quase concluindo o seu ritual.

E por mais que Lavínia tivesse acertado quem era o tal assassino, ela nem imaginava o que estava prestes a acontecer.

Um do lado do outro, foi assim que Paul colocou os corpos na Times Square, em uma rua não tão movimentada por causa da madrugada.

Oris, Albert, Lilla, Juddy.

Essas foram as vítimas da vez.

Todos com a cabeça ao lado de seu devido corpo e um bilhete. Um único que bilhete que dizia:

"Estou quase lá... Se vocês não me pegaram antes, nao é agora que irão pegar."

Ele deixa o bilhete e se retira dali, entrando no seu carro e indo descansar, pois o próximo mês iria ser um pouco mais pesado.

Amor Ou Dinheiro?  - CONCLUÍDO Onde histórias criam vida. Descubra agora