Amor Ou Dinheiro? - CONCLUÍDO

v i n t e q u a t r o

- Lavínia Narrando -

Acordo com alguém quase deburrando a porta de tanto bater.

Meu Deus, eu não tenho um minuto de paz?

Olho no relógio e são 04 da manhã. Alguém bate novamente na porta e é ensurdecedor o barulho.

- QUE DIABOS ESTÁ ACONTECENDO??? - Grito irritada.

Destranco a porta e ali está um dos produtores do programa. É agora que sou expulsa do programa por bater no dono desse reality?

- Pois não? - falo ao abrir a porta, mas o produtor arregala os olhos ao me olhar e só então me lembro que estou de calcinha e sutiã.

Bato a porta novamente e procuro um vestido que estava jogado no chão.

Cheguei tão frustrada, puta e cheia de ódio da praia, que quando cheguei tirei o vestido que estava e joguei no chão, me joguei na cama e chorei até dormir.

Coloco o vestido e abro novamente a porta.

- Me desculpe. - falo com vergonha.

- Tudo bem. Preciso que pegue seu casaco e venha comigo. - Ferrou, vou ser expulsa e é isso.

Respiro fundo, vou no banheiro jogo um enxaguante bocal, prendo meu cabelo, pego meu casaco e o sigo.

- Está tudo bem com Leonora? - pergunto.

- Apenas me siga, por favor. - Ele diz e é o suficiente para eu achar que minha irmã está morta.

Minha garganta logo fecha e controlo minha respiração para não surtar.

Eles me colocam dentro de um carro preto, não falam nada e minha mente está a um milhão.

Será que Leonora está bem? Meu pai do céu, protege ela por favor.

Começo a fazer uma oração baixinho e peço para Deus que ela esteja bem.

Chegamos a um aeroporto e ali tinha um jatinho, começo logo a pensar que Leonora morreu.

Choro baixinho.

Eles me conduzem até o jatinho e me conduzem até o banco onde eu tenho que sentar. O produtor se senta na minha frente e eu rompo o silêncio enxugando minhas lágrimas.

- Essa é a hora que a palhaçada acaba e você me conta o que tá acontecendo. - falo séria.

- Peço que você tenha apenas calma. - Ele fala e eu já começo a me tremer.

- Tem haver com a minha irma né? - pergunto ja com os olhos cheios de lágrimas. E ele assente. - Ela ta morta? - Pergunto com medo da resposta.

- Não... - Ele fala e uma lágrima ja cai dos meus olhos, ele se inclina e pega minhas mãos e faz um carinho. - Eu preciso que você tenha calma. Ela entrou em cima glicêmico à dois dias. 

- HÁ DOIS DIAS?? - Grito revoltada. - E VOCÊS SÓ ME CHAMARAM HOJE? - Puxo minhas mãos e enxugo minhas lágrimas com raiva. - Irresponsáveis!!! Como assim minha irmã entra em coma e vocês só me chamam agora? Qual o problema de vocês??? -